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Chanceler descarta autoritarismo na Venezuela
Do Diário do Grande ABC
03/12/1999 | 16:27
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O chanceler da Venezuela, José Vicente Rangel, descartou nesta sexta-feira que o governo venezuelano marche para o autoritarismo militar, e insistiu em diferenciar as forças do país de algumas outras do continente.

"O exército venezuelano é social e politicamente democrático", afirmou Rangel, ex-candidato presidencial esquerdista e veterano jornalista, que se define como especialista na questao militar.

Num encontro com a imprensa estrangeira, o chanceler rechaçou comentários do escritor peruano Mario Vargas Llosa, que relaciona a formaçao militar com uma conduta inevitavelmente autoritária. "Esse é um julgamento superficial", afirmou.

Lembrou os governos venezuelanos do general Eleazar López Contreras (1935-1941) e Isaias Medina Angarita (1941-1945): "os dois usavam fardas" e foram considerados por historiadores como democratas.

Rangel, que se considera um dos porta-vozes políticos do governo de Hugo Chávez, afirmou que está em marcha um "processo de desmilitarizaçao" do país e destacou as mudanças da nova Carta Magna que estabelecem que todos os delitos devem ser julgados pela justiça civil, assim como o "rebaixamento do forum militar".

A constituiçao, redigida pela Assembléia Nacional Constituinte, de maioria governista, será submetida a referendo no próximo 15 de dezembro.




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