A taxa média cobrada pelos bancos para empréstimos à pessoa física caiu para 46,3% ao ano em setembro, 0,03 ponto percentual a menos em relação a agosto (46,6%), segundo dados divulgados nesta terça-feira pelo Banco Central. O índice é o menor apurado desde julho de 1994, início da série histórica do BC. Já a taxa média do cheque especial aumentou 0,5 ponto percentual e chegou a 140% ao ano.
Para as pessoas jurídicas, a taxa de empréstimos permaneceu estável em setembro, ficando em 23,2%. A taxa média de juros continuou seu ritmo de queda iniciado no ano e atingiu 35,5% ao ano, contra taxa de 35,7% de agosto. O patamar é o menor da série histórica iniciada em junho de 2000, e reflete predominantemente as operações com pessoas físicas.
Os juros no crédito pessoal recuaram para 49,4% em setembro, queda de 0,5 ponto percentual sobre agosto. O crédito consignado (com desconto na folha de pagamento) foi o maior responsável pelo desempenho das operações de crédito pessoal, com R$ 61 bilhões, 1,6% a mais do que em agosto. No mês passado, os juros cobrados por essa modalidade apresentaram recuo de 0,4 ponto percentual, para 30,3% ao ano.
O spread bancário (diferença entre o custo de captação dos bancos e a taxa cobrada de seus clientes) passou de 24,7% em agosto para 24,6% em setembro, menor valor já registrado pelo BC.