O secretário estadual de Desenvolvimento Regional, Marco Vinholi (PSDB), alegou que o governo de São Paulo dará início até junho do ano que vem às obras para implantação do projeto da Linha 18-Bronze por BRT (transporte rápido por ônibus na sigla em inglês), ligando o Grande ABC à Capital. “A ideia é que comece no primeiro semestre de 2020”, pontuou. A proposta do Palácio dos Bandeirantes, anunciada em julho, substituiu o modelo de monotrilho, considerado inviável financeiramente depois de cinco anos do contrato assinado com o consórcio vencedor da licitação. Sobre a Linha 20-Rosa do Metrô, porém, nada foi falado.

Vinholi sustentou que a pasta está “finalizando o projeto executivo”, que irá basear o edital de contratação da empresa, bem como todo o plano para concretização do ramal. A previsão é que o corredor exclusivo de ônibus seja concluído em um prazo de 18 meses. De acordo com esse cronograma preliminar do secretário, considerando o teto do período estipulado pelo Estado, a entrega do novo módulo estaria sendo trabalhada para acontecer entre fim de 2021 e começo de 2022. O governo estima despender o montante de R$ 860 milhões na execução da proposta.

O traçado divulgado anteriormente pelo secretário paulista dos Transportes Metropolitanos, Alexandre Baldy, indica apresentar 23 paradas, incluindo três terminais, e deverá ter desfecho na Estação Sacomã, na Capital. Lá fará interligação com a Linha 2-Verde do Metrô e com o Expresso Tiradentes, popular fura-fila, que vai até o Parque Dom Pedro, região central de São Paulo. Antes das mudanças de projeto, o ponto final era a Estação Tamanduateí, também com conexão na Linha 2-Verde.

Em evento promovido há dez dias, o vice-governador Rodrigo Garcia (DEM) adiantou que 2020 era o prazo arquitetado pelo Estado. Na oportunidade, o democrata relatou que o governo tem buscado formas para ampliar capacidade de financiamento das obras, que demandam desapropriações. Ele frisou que a partir do ano que vem, já com certo reequilíbrio das contas, o Palácio dos Bandeirantes terá condições de captar recursos que serão destinados a obras apontadas como prioritárias, elencando tirar o BRT do papel nesta lista.