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Vans e furgões, um novo filão
Wagner Oliveira
Do Diário do Grande ABC
19/08/2009 | 07:00
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Vans e furgões ganham cada vez mais importância no portfólio das montadoras à medida que a economia brasileira se desenvolve e a mobilidade urbana decai. Para atender a um segmento que vai crescer nos próximos anos, marcas buscam atualizar veículos urbanos voltados para o transporte de passageiros e cargas, cuja agilidade e facilidade na condução são os principais atributos.

Com um mercado que deve ficar neste ano do mesmo tamanho que 2008 (cerca de 26 mil unidades), fabricantes consideram o fato de não crescer em 2009 uma boa notícia. Segmento que é uma espécie de braço do transporte pesado, vans e furgões só não acompanharam a queda de 20% de vendas em caminhões e ônibus em razão de a cidade de São Paulo ter ampliado as restrições a coletivos fretados e cargueiros.

Além de ter salvado as vendas, as restrições criam novas oportunidades. Como São Paulo, o Rio de Janeiro já começa a limitar o tráfego pesado. Belo Horizonte deve ser a próxima capital. A indústria automobilística aposta que a tendência será seguida por outras grandes cidades brasileiras. Atualmente, furgões e vans representam 25% das vendas de comerciais leves - os outros 75% são de picapes.

Novidades não param de chegar ao mercado. Após o início da importação da Transit (Ford) no final do ano passado, a Renault apresentou a reestilização da Master e a Mercedes-Benz lançou, semana passada, mais uma versão da linha Street, um grande furgão com 13,4 metros cúbicos de capacidade de carga - o maior entre os utilitários que podem circular em zonas de restrição de regiões metropolitanas.

Com seis versões, que incluem também chassi cabine, a Master tenta ampliar sua fatia no segmento de furgões e vans - o objetivo é passar de 17% para 22% das vendas. A líder é a Ducato (Fiat), com 32%. A Sprinter vem a seguir, com 25,4%. Os outros principais concorrentes são Daily (Iveco), Jumper (Citroën) e Boxer (Peugeot).

Para sentir como é a direção de um grande comercial leve, dirigimos a Master nas ruas de São Paulo. Com uma carteira de habilitação categoria B, é possível conduzir o furgão. A faixa de rolamento da esquerda pode ser utilizada nas grandes vias, como se fosse um carro de passeio.

Atuando numa faixa de peso que varia de 3.500 a 4.600 quilos, a Master tem dimensões que surpreendem o motorista acostumado aos automóveis. Na maior versão, o comprimento da Master chega a 5,89 m, com capacidade para transportar até 12,5 metros cúbicos de carga. Na versão van, tem configuração para levar até 15 passageiros.

A altura elevada, facilidade na condução e suspensão ajustada são as boas surpresas. O desempenho do motor diesel 2.5 16V de 115 cavalos de potência e do câmbio de seis marchas também agradam. Mas os ruídos internos irritam, além de o grau muito inclinado do assento incomodar.

Para compensar o desconforto, as montadoras buscam equipar grandes utilitários com freios ABS, ar-condiconado, regulador de cinto de segurança, entre outros itens presentes em carros de passeio.




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