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Polietilenos União cresce em tamanho e produção
Leone Farias
Do Diário do Grande ABC
07/09/2006 | 20:36
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Importante empresa do Pólo Petroquímico do Grande ABC, a Polietilenos União, de Santo André, passa por um processo de ampliação de sua fábrica que permitirá à companhia uma diversificação na linha de produtos. Com uma gama maior de itens a oferecer, a empresa tem a perspectiva de crescer em vendas e de atender melhor as indústrias do setor plástico da região.

Atualmente, a petroquímica, de segunda geração (como são chamadas as fabricantes de resinas plásticas), produz 120 mil a 130 mil toneladas anuais de dois tipos de itens: o PEBD (polietileno de baixa densidade), que é o carro-chefe da empresa, e o EVA (copolímero de etileno e acetato de vinila). São 25 mil toneladas/ano desse último item, que se destina à fabricação de entressola de calçados, adesivos a quente etc.

Pertencente ao grupo Unipar, a companhia tem projeto estimado em R$ 490 milhões para elevar, a partir de 2008, a capacidade produtiva de polietilenos em mais 200 mil toneladas anuais. Mais do que aumentar o volume, a petroquímica deverá, com a nova unidade fabril, ter outros produtos. Dessa quantidade adicional, 50% será de PEBDL (polietileno linear), ou seja, 100 mil toneladas; e os outros 100 mil de PEAD (polietileno de alta densidade).

Para a diversificação, a Polietilenos União adquiriu uma das tecnologias mais avançadas do mundo nessa área, que possibilitará o uso de um mesmo reator para linhas diferentes. O gerente de desenvolvimento de produto, Mauro Azanha, cita que o item de baixa densidade adquirido por produtores de embalagens é misturado com o linear (na proporção de 80% de baixa e 20% do linear) para a aplicação como saco de arroz ou feijão, por exemplo.

Segundo Azanha, a mistura é necessária já que o linear é mais resistente a rasgos e perfurações mas é “pobre em transparência”. Com o de baixa, pode-se produzir um saco plástico transparente e com brilho. “A dona-de-casa gosta de ver o que está comprando”, destaca o gerente.

Dessa forma, a companhia poderá atender seus clientes com itens que antes os produtores de embalagens eram obrigados a adquirir de outras petroquímicas. Além disso, o executivo afirma que a fabricação da resina de alta densidade vai permitir a entrada em nichos como, por exemplo, sacolas de supermercados e embalagens para frigoríficos. O PEAD tem entre suas características a barreira à umidade e à gordura.

Competitividade – Ainda segundo Azanha, na região, apenas a Solvay produz o polietileno de alta densidade, mas essa empresa tem reduzido sua produção nessa área. “A concorrência é com a Bahia e com o Sul do país. Se houver uma revisão da alíquota do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) – que em São Paulo é mais alta do que em diversos outros Estados – seremos competitivos”, acrescenta.

A empresa planeja fazer, no início de 2007, um estudo junto aos clientes para definir melhor os nichos de atuação que atenderá. As perspectivas são otimistas, mas os bons resultados também dependem do cenário econômico. A demanda por resinas plásticas, em geral, acompanha o crescimento da PIB (Produto Interno Bruto).




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