Pré-candidato ao Paço de Ribeirão pelo PMDB havia desclassificado autoridade do pessedista
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O pré-candidato do PMDB ao Paço de Ribeirão Pires, vereador Saulo Benevides, voltou atrás e afirmou que reconhece José Police Neto (PSD) como liderança pessedista. A declaração foi feita para acalmar os ânimos com a executiva nacional pessedista e tentar manter o partido no apoio ao seu projeto político.
Ao Diário, na semana passada, o peemedebista havia dito que não enxergava em Police Neto a figura de articulador do PSD na Região Metropolitana. "Revejo a minha fala e hoje sei que o coordenador é o Police. Tanto que o (Gilberto) Kassab (presidente nacional do PSD e prefeito de São Paulo) falou sobre isso."
As primeiras declarações de Saulo repercutiram mal em São Paulo. O chefe do Executivo paulistano não escondeu dos seus assessores a insatisfação com os ataques ao seu braço-direito.
O peemedebista alegou que o discurso foi feito num momento de nervoso, ocasionado pela disputa eleitoral que está cada dia mais acirrada na cidade. "Há muita pressão. Estamos enfrentando a máquina. Não é fácil montar um arco de alianças", admitiu o pré-candidato.
Em outubro, Saulo contava com sete partidos em seu grupo - mesmo número contabilizado até o momento. A pré-campanha peemedebista perdeu o PHS, que fechou com Edinaldo de Menezes, o Dedé (PPS). Em contrapartida, o oposicionista arrancou o PRP do bloco do popular-socialista. As legendas que compõem o arco são PMDB, PSC, PSD, PTdoB, PRP, PRB e PMN.
O PSD e o PSC devem ser as próximas baixas no grupo. Apesar de recuar no seu posicionamento em relação a Police Neto para colocar panos quentes e segurar a sigla, a aliança pessedista com o PT está perto de ser fechada. O articulador estará em Ribeirão na semana que vem para resolver a questão.
Já no cenário social-cristão, a articulação feita pelo deputado estadual Alex Manente (PPS), padrinho político de Dedé, pode garantir mais esse apoio aos governistas. Nos bastidores, interlocutores do PPS dão como certa a adesão.
Saulo ressaltou que não se surpreende com as dificuldades enfrentadas. "A gente já esperava (os problemas). Estamos contra o governo e contra uma ex-máquina (Maria Inês Soares-PT). Todas as pesquisas nos apontam em primeiro", declarou, sem especificar quais são os levantamentos e se estão registrados na Justiça Eleitoral.
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