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Banco do Povo financia R$ 1,5 mi na região
Soraia Abreu Pedrozo
Do Diário do Grande ABC
16/01/2011 | 07:20
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O Banco do Povo Paulista, programa de microcrédito do governo do Estado de São Paulo que oferece empréstimo com juros mensais de 0,7%, financiou no ano passado no Grande ABC R$ 1,5 milhão. O montante é 23% maior do que o registrado em 2009, quando foram R$ 906,4 mil. O crescimento também é superior à média estadual, que teve elevação de 16%.

O aumento se deve bastante à adesão de Santo André e Ribeirão Pires ao programa. Até então, apenas São Bernardo, São Caetano, Mauá e Rio Grande da Serra ofereciam esse tipo de empréstimo. Diadema ainda não dispõe da ferramenta.

"Esse é um resultado muito positivo para a microeconomia, movimentada principalmente por informais, que via de regra são excluídos pelo sistema financeiro. Porém, é fato que podemos crescer muito mais. Quantos pequenos empresários, microempreendedores individuais e autônomos não carecem de empréstimo?", destaca Antonio Sebastião Mendonça, diretor executivo do Banco do Povo Paulista. A expectativa para 2010 é aumentar em 30% os montantes emprestados, tanto no Estado como no Grande ABC.

Questionado sobre o motivo pelo qual Diadema não faz parte do programa, Mendonça é categórico. "Ainda não houve interesse por parte da prefeitura". Porém, afirma que em breve o secretário do Emprego e Relações do Trabalho vai conversar com o prefeito Mário Reali para tentar inserir o município. "Diadema é importante para o Estado e não pode ficar de fora."

São Bernardo tem posição de destaque no ranking estadual para o Banco do Povo Paulista. Foi o 5º que mais emprestou, entre 447 municípios, desde que foi inaugurado, em maio de 2000. Foram R$ 8,3 milhões em 2.684 operações. O programa já financiou R$ 731 milhões a 230 mil pequenos empreendedores ao longo de 12 anos de atuação.

No ano passado, o banco de São Bernardo emprestou 25% mais que em 2009, chegando a R$ 748 mil em 211 contratos.

A unidade de Rio Grande da Serra, mesmo estando em um pequeno município, cresceu 36% em 2010, emprestando R$ 202,5 mil em 69 operações. Desde que foi inaugurada, em novembro de 2002, vem registrando forte atuação. "De 2006 para cá temos mantido crescimento anual de 40%. Para este ano esperamos superar o crescimento e chegar a R$ 300 mil emprestados, atendendo pelo menos 100 novos empreendedores, o que representaria mais de 550 salários-mínimos injetados na economia local", conta Gilvan Mendonça da Cunha, secretário de Desenvolvimento Econômico de Rio Grande da Serra. 

Sto. André financiou R$ 355 mil ano passado

O Banco do Povo Paulista de Santo André, que entrou em operação em 2010, emprestou 70% dos R$ 500 disponíveis pelo governo do Estado de São Paulo: R$ 355 mil em 109 processos aprovados.

Segundo seu gestor, Sidney Barbosa, o objetivo neste ano é aumentar, de seis contratos para 15 mensais. "Vamos inclusive mudar de sede para oferecer mais fácil acesso. Nos instalaremos, ainda neste mês, no prédio da Prefeitura. Vamos também levar unidade móvel aos bairros mais distantes para tornar o crédito mais acessível", conta. "Qualquer empreendedor pode pedir o empréstimo, contanto que não seja para pagar dívida. Aliás, se ele estiver com o nome sujo, o financiamento não é concedido."

O requisito básico para qualquer cidade é morar há pelo menos dois anos no local ou trabalhar lá há pelo menos seis meses. O crédito pode ser utilizado para a compra de equipamentos de trabalho, para começar um negócio ou como capital de giro, e associações e cooperativas também podem se candidatar. É preciso também levar o orçamento do local para que, em caso de aprovação, o dinheiro seja transferido para a conta do fornecedor.

Um tomador informal, no primeiro empréstimo consegue entre R$ 200 e R$ 3.000, passando a R$ 5.000 no segundo. Um formal, que tenha CNPJ, consegue até R$ 5.000 no primeiro e R$ 7.500 no segundo.

Como incentivo ao MEI (Microempreendedor Informal) - formalização por R$ 57,15 mensais para quem fatura até R$ 36 mil no ano e que tenha somente um funcionário -, as condições de empréstimo são mais elásticas.

Os empréstimos padrão não têm carência e são de até R$ 5.000 em 24 meses, para o MEI a carência é de 90 dias e o crédito, de até R$ 7.500 em 36 meses. Para abrir empresa, o normal é financiar até R$ 1.000, o MEI consegue até R$ 5.000. SAP




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