De folga e portanto à paisana, o policial militar estava no bar e restaurante como cliente. Por volta das 4h, B. saiu do estabelecimento e quando entrou em seu carro, estacionado na rua das Goiabeiras, foi abordado por dois homens.

Armada, a dupla anunciou o assalto e pediu que B. saísse do carro. Nesse momento, o policial, armado com um revólver particular, uma pistola semi-automática calibre 380, reagiu ao assalto e atirou contra a dupla de assaltantes.

O ajudante Ricardo Dobilas foi atingido no abdome e o segundo assaltante fugiu a pé, deixando o parceiro baleado no local. Com Dobilas, policiais encontraram um revólver calibre .32. No local, policiais civis apuraram que a dupla de assaltantes chegou à rua das Goiabeiras em um Voyage cinza de placas CPF-582. Na fuga, o segundo assaltante deixou o carro no local.

“Estava me divertindo e quando acabei de entrar no carro, tirando o celular e carteira do bolso para me ajeitar, os dois chegaram e anunciaram o assalto, mandando eu sair. Aí, agi por instinto e infelizmente baleei um garoto que tinha idade para ser meu filho, até porque não sei que circunstâncias que o levaram a praticar esse tipo de crime, e ele morreu”, disse o policial.

O próprio policial militar pediu socorro e uma unidade de resgate levou Dobilas até o Centro Hospitalar de Santo André, onde ele não resistiu aos ferimentos. “Reagi por instinto, não tinha a intenção de matar ninguém. Depois chamei o socorro para a pessoa baleada”, disse B..

Como o policial militar se apresentou na delegacia, o delegado plantonista recolheu as duas armas, solicitou exames residuográficos e liberou o policial. Agora, B. terá de passar pelos procedimentos da Polícia Militar, que apurará a atitude do policial na ocorrência.