O papa Joao Paulo II advertiu nesta segunda-feira em Torun (centro) os cientistas contra os limites da ingerência humana na natureza e no meio-ambiente. Certos avanços técnicos "ao mesmo tempo sao fonte de fascinaçao e de temor", acrescentou o Sumo Pontífice perante mil universitários poloneses reunidos em Torun, em seu terceiro dia de visita pastoral ao seu país natal.

"O inaudito desenvolvimento das ciências e do progresso técnico impoe indagaçoes sobre os limites das experiências, o sentido e as diretivas do progresso técnico e sobre os limites da ingerência humana na natureza. Esses progressos sao tanto uma espécie de fascínio como de temor", disse o Papa.

Universitários, pesquisadores e 200 reitores de institutos de ensino superior da Polônia, em traje de gala, ouviram o Papa na sala de conferências da Universidade Nicolau Copérnico de Torun, cidade natal do grande astrônomo. O Papa relacionou como "principais dificuldades vinculadas à busca de veracidade em nossa época o ceticismo, o agnosticismo, o relativismo e o niilismo".

O Papa lamentou "a oposiçao que apareceu durante o Renascimento entre razao e fé, que provocou danos irreparáveis nao só para a religiao como também para a cultura".