Perguntado a respeito da posiçao da Igreja, Dom Scandian disse: ``nao sou eu quem julga, mas quem deve julgar é o Judiciário. Eu soube que ele nem estava no local do crime, mas a competência do julgamento é da Justiça". O arcebispo nao quis entrar em detalhes sobre o primeiro julgamento do líder do MST, dizendo apenas que o ``Código do Processo Penal prevê um novo julgamento para os condenados a mais de 25 anos e é o que está acontecendo".
Mas o palanque para a Vigília Cívica, que começa às 20h, já está montado e decorado com muitos ramos, chapéus e motivos do campo. Estao sendo esperados cerca de dez mil participantes do MST, mas até agora estao confirmados apenas a chegada de 20 ônibus do Pontal de Paranapanema e outros 40 de diversos municípios do interior do Estado.
A vigília constará de duas partes. Uma religiosa, onde o MST pretende repassar a história de suas lutas e explicar as razoes do movimento, e outra cultural, com a apresentaçao de artistas da terra e outros que estao participando da marcha em direçao a Vitória. A maioria dos integrantes do grupo deve chegar na noite deste domingo, inclusive Rainha e a direçao nacional do MST.
O local da vigília, na praça da Catedral Metropolitana de Vitória, fica a poucos metros do fórum onde acontecerá o julgamento e, praticamente, nao será necessário o deslocamento dos manifestantes para acompanhar, de perto, o julgamento de José Rainha, acusado de participar de um assassinato, em 1989, na fazenda Ypueras, em Pedro Canário, norte do Estado.
Na ocasiao, foram mortos o fazendeiro José Machado Neto e o PM Sérgio Narciso da Silva. A capacidade de lotaçao do Tribunal do Júri é de 300 pessoas apenas e a Polícia Militar manterá um forte esquema de segurança. Policiais interditaram todas as ruas de acesso ao fórum, montam guarda no local e duas guaritas já foram instaladas onde acontecerá neste domingo a Vigília Cívica.
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