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BNCC, tecnlogia e a educação
Do Diário do Grande ABC
25/02/2019 | 12:15
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Desafios e oportunidades estão por vir no sistema educacional brasileiro. A BNCC (Base Nacional Comum Curricular) para o ensino médio foi aprovada pelo CNE (Conselho Nacional de Educação) e homologada recentemente pelo MEC (Ministério da Educação). Essa medida deve trazer impactos positivos para ensino e aprendizado no País, a começar pela substituição do atual modelo. E o primeiro passo foi dado. Currículo do ‘novo ensino médio’ deverá ser composto por até 60% de conteúdos previstos pela BNCC e 40% por itinerários formativos. Mas, o que pode mudar? A começar pela cultura educacional, estimular não somente ensino cognitivo e intelectual, como também desenvolvimento socioemocional, de modo que, juntas, sirvam de princípio para transmitir valores, conhecimentos e habilidades. Além disso, o principal argumento da BNCC é que o trabalho do ensino médio não será mais aplicado em disciplinas, mas sim na resolução de problemas.

Tecnologia a favor da educação – outra novidade prevista pela BNCC no ensino médio é que até 20% da carga horária do curso diurno poderá ser ofertada em EAD (Ensino a Distância), chegando a 30% no noturno. Esse modelo está em alta no Brasil (em cursos superiores e corporativos), portanto, ter contato com os dois métodos desde cedo ajudaria estudantes a optarem entre o presencial ou o EAD ao ingressar na universidade. Nos dois casos, estimular uso de outras tecnologias seria passo importante, pois trata-se de oportunidade para escolas se adequarem a novos formatos e modernizarem o ensino, o que proporcionaria mais igualdade na distribuição da educação. Nessas transformações sociais, exemplo prático seria a inserção de temas como o trânsito nas aulas, que é a principal causa de óbitos entre jovens de 15 e 29 anos no mundo – somos o quinto País com mais mortes no trânsito. Assim, seria possível conscientizar os jovens a terem comportamentos adequados a partir da verticalização do tema em matérias tradicionais, como física, estimulando-os a calcular distância entre o local de origem e o destino final; ou matemática, incluindo estatísticas sobre frotas. Já em matérias de itinerários formativos, a tecnologia seria aliada com a inclusão do simulador de direção educacional nas aulas, que estimulariam os jovens a terem mais responsabilidade no trânsito, seja como pedestre, passageiro ou usuário de diferentes modais – de patinetes a ônibus.

Afinal, educar o jovem para que ele seja cidadão mais preparado para o mundo é fundamental. Termos essa mudança em momento em que a tecnologia está cada vez mais acessível nos dá a esperança de que esse movimento pode trazer consequências positivas não somente ao futuro dos jovens, como também ao futuro do País.

Paula Tomborelli é diretora de produtos da empresa EducaWise.

Palavra do leitor

Mudou de ideia 

 Em abril de 2017, o ministro da Justiça, o injusto Sérgio Moro, então juiz da Operação Lava Jato, em clara perseguição ao PT, havia dito, em palestra nos Estados Unidos, que ‘caixa dois é pior do que corrupção’. Quando um dos ministros de Jair Bolsonaro, o perdido Onyx Lorenzoni, se viu envolvido nesse esquema, Moro contemporizou e disse que tinha confiança pessoal nele e que ‘ele admitiu e pediu desculpas’. Neste mês, pasmem, o juizinho diz que ‘caixa dois não é tão grave quanto corrupção’. Mas esse rapaz não era o paladino da moralidade? O salvador da Pátria? O combatente da corrupção? O homem de frente da licitude? Ou só quando convém a ele e a seu chefe, o também perdido presidente Jair Bolsonaro? Vamos bater panela, pessoal! Inflem o pato! 

 Sandra Regina Praxedes

 Santo André

Reféns do sistema 

 Dia 20 fui à Prefeitura de Mauá e, pela terceira vez que tento obter informações sobre meu IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano), disseram-me que o sistema estava ‘fora do ar’. Vi, senhores, mães com criança de colo e um senhor com palavras de ordem como ‘ladrão’ e ‘corrupto’ aos berros saírem de lá.

André Fiore

 Mauá

Início do fim? 

 Será que a demissão do ministro Gustavo Bebianno, da Secretaria-Geral da Presidência, é o início do fim do governo do presidente que flerta com a ditadura (Política, dia 19)? Será também que estamos voltando ao militarismo? Sim, porque o substituto de Bebianno é o general Floriano Peixoto, o oitavo militar na Esplanada dos Ministérios, em Brasília. Espero que Bebianno cumpra as ameaças e conte tudo o que sabe sobre essa família, que, agora, se acha dona do Brasil, mas que precisa ser desmascarada. Esse pessoal fez campanha criticando duramente a corrupção, se colocando como alternativa, enganando muita gente, prometendo nova maneira de governar e, assim, angariando milhões de votos de inocentes, de incautos. Mas o que vemos agora é mais do mesmo. Nada mudou. Falsos moralistas. Fora, Bolsonaro! Você é uma enganação!

Maria Aparecida Flores

 Rio Grande da Serra

Ford 

 Infelizmente tinha razão o leitor Ulisses Noronha quando disse que as regalias reclamadas pela GM (General Motors) – e aceitas por Prefeitura de São Caetano, sindicatos e trabalhadores – abririam jurisprudência perigosa (Precedente, dia 18). Agora foi a vez de a Ford ameaçar ir embora de São Bernardo e do Brasil (Economia, dia 20). O que se desconfia é que, na verdade, a fábrica de São Bernardo quer mordomias, incentivos, gastar o mínimo e, claro, lucrar cada vez mais, como a GM. Assim é o capitalismo: selvagem. Não é possível que essa montadora não tenha nenhuma preocupação com os 2.800 funcionários que perderão empregos, fora os 24,5 mil em toda a cadeia no País. Por outro lado, o que tem sido feito pelos governos municipal, estadual e também o federal para que esse tipo de atitude não volte a acontecer? O que tem sido feito para que não mais sejamos reféns de grandes empresas? O que tem sido feito para que não se aumente o número de 13 milhões de desempregados no Brasil? Senhores, necessário que olhem para a população também em época em que não tenha eleição. 

Samir Godoy Haddade

 Diadema

Muita demora! 

 Descaso na saúde em São Bernardo, principalmente em relação às mulheres. O índice de morte por câncer e outros problemas de útero e mama deveriam ser prioridade, porém, nós, mulheres, necessitamos de ultrassom transvaginal e mama. As atendentes da UBS (Unidade Básica de Saúde) da Vila Pauliceia alegam demora de mais de três meses para somente marcar, pois o laboratório que fazia isso teve problemas e a Prefeitura não sabe o que fazer. Papanicolau talvez fique pronto em dois meses. Tomografia talvez seja marcada para o ano que vem. Senhores responsáveis, pensem quantas mulheres podem morrer com esse descaso. Sou moradora da Pauliceia, e na vila está um caos. Fora que as pessoas do Taboão foram transferidas para o bairro, por conta de reforma da unidade de lá. A saúde pública é de interesse de todos. Não é um ‘caso’ que aconteceu apenas comigo, mas ocorre com várias de nós. Pedimos ajuda. 

Thais Padilha

 São Bernardo

Políticos em excesso 

 Reportagem neste Diário diz que reforma da Previdência tem meta de economizar R$ 1,1 trilhão em dez anos (Economia, dia 21). Sempre que o governo, seja ele de qualquer cor, fala em economia ou corte de gastos é eternamente do povo que é ‘cortado’, é dele que é retirado. Por que sempre a população é a penalizada? Por que nunca se ouve falar em cortar benefícios da classe política? Por que não se faz plebiscito para saber o que o povo quer em relação aos políticos? Por que nunca se pensa em cortar o número de senadores, deputados estaduais e federais, vereadores, comissionados e apadrinhados? Por que nunca se faz a conta de quanto seria economizado se tivéssemos metade dos políticos que temos hoje. Em Santo André, por exemplo, temos 21 vereadores. Por que tantos? Não fazem nada de relevante, não apresentam soluções, muito menos resolvem problemas da cidade, não se ouve falar bem deles, a não ser em escândalos, como o que mostra parlamentar oferecendo gabinete para fraudar o INSS, outro que ‘trabalhou’ 45 minutos, recebeu R$ 30 mil e sumiu de novo, e outro que desapareceu junto com o dinheiro do povo.

Mario Campos

 Santo André




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