Do marco zero, os manifestantes percorreram as ruas de Manhattan até o Madison Square Garden, chegando ao local por volta das 20h (de Brasília), no auge das atividades da Convenção Nacional Republicana.

A "Liga de Resistentes à Guerra", que organizou a manifestação, acusa Bush de ter criado muitos "marcos zero no mundo". Michael Arington, um veterano do Vietnã que mora na Filadélfia, visitou o local pela primeira vez. "Havia uma maneira boa e uma ruim para reagir a este atentado. Escolheram a ruim e hoje muitos inocentes estão morrendo. Não creio que nem os Estados Unidos e nem o mundo possam suportar mais quatro anos de Bush", disse.

Com a bandeira americana estampada no peito, Arington se disse incapaz de acompanhar a convenção. "Eles me deixam doente", explicou.

Uma vendedora de livros, Becky, que veio de Dallas (Texas) para protestar, disse: "é necessária uma mudança no governo ou então dentro de quatro anos não reconheceremos nosso próprio país". Os republicanos fazem "mau uso" do drama de 11 de setembro, denunciou ela. O marco zero "é um bom lugar para fazer um encontro pacífico".

Michael Whelan, um professor de Nova York que nos anos 60 participou de manifestações contra a guerra do Vietnã, disse que "nunca sentiu o que sente hoje em relação a Bush". "Estou escandalizado e preciso fazer algo". Whelan disse que começou a gritar em direção à televisão no momento em que assistia à Convenção Republicana. "Não agüentei, tive que desligar o aparelho", disse.