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A atenção básica sem os cubanos
Do Diário do Grande ABC
29/11/2018 | 12:02
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Artigo

A saída dos médicos cubanos do Brasil abriu espaço para discussão sobre a importância da atenção básica em Saúde. Os médicos integravam o programa ESF (Estratégia de Saúde da Família) e trabalhavam em UBSs (Unidades Básicas de Saúde) reduzindo índices de mortalidade infantil e materna e aumentando a qualidade de vida dos brasileiros, de acordo com o Ministério da Saúde.

Os profissionais que são recrutados preferencialmente no entorno geográfico da unidade podem detectar e orientar temas de saúde e sociais. Além de identificar quais habitantes necessitam do apoio do poder público.

Pesquisa realizada pelo Cepesc (Centro de Estudos e Pesquisa em Saúde Coletiva) avaliou que a maior insatisfação dos médicos da atenção básica era sobre dificuldades relacionadas às condições de trabalho. O Ministério da Saúde remunera a atenção básica dos municípios com base em repasses financeiros per capita.

Com o acelerado processo de envelhecimento da população a atenção básica ganha mais relevância. Por isso, em 2014 o governo do Estado de São Paulo criou o Programa de Fortalecimento da Gestão do SUS (Sistema Único de Saúde), conhecido como ‘Saúde em Ação’, parceria com o BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento) que prevê investimento de R$ 826 milhões em mais de 160 obras de construção e reforma de serviços de Saúde, predominantemente Unidades Básicas de Saúde e Caps (Centros de Atenção Psicossociais), além de cinco hospitais.

O programa capacita equipes, com manuais sobre as linhas de cuidados em áreas como saúde da gestante, hipertensão e diabete. Outro ponto fundamental é a informatização da atenção básica com equipamentos de hardware e recomenda aos municípios a utilização do software e-SUS. A meta é, futuramente, implantar o prontuário eletrônico.

O ‘Saúde em Ação’ elegeu 71 municípios paulistas nas regiões do Litoral Norte, Vale do Jurumirim, Itapeva, Vale do Ribeira e Campinas, elencadas como prioritárias a partir de estudo epidemiológico realizado pela secretaria. Já foram entregues 65 obras e outras 102 deverão ser concluídas até 2020.

A atenção básica serve de sinalizador de prioridades sociais. A doença é influenciada pelo entorno, como a falta de saneamento básico, por exemplo. A Saúde tem o papel de incentivar a conjunção de esforços com áreas correlatas, como Educação, desenvolvimento social, habitação e trabalho.

Ricardo Tardelli é médico e coordenador do Programa de Fortalecimento da Gestão do SUS da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo. Fátima Bombarda é enfermeira e gerente de redes de atenção à saúde no programa Saúde em Ação.

Palavra do leitor

Cidadania
A criação do Centro de Cidadania LGBTI + (Setecidades, dia 27) trará enorme contribuição não somente para moradores da região, mas, certamente, num futuro não muito distante, será de enorme referência para todo o País. Destaco que foram muito felizes ao escolherem o nome Neon Cunha para a futura instituição, pois a Neon é uma pessoa cuja trajetória de vida sempre foi de muita luta, coragem e resistência, principalmente no ambiente corporativo, quando, muitos anos atrás, ainda adolescente, já exigia respeito por parte dos intolerantes quanto à sua orientação sexual.
Neusa Maria Pereira Borges
São Bernardo

Tapa na cara – 1
O aumento aprovado para os vencimentos aos ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) foi mais um tapa na cara dos aposentados brasileiros, que há décadas estão sendo insultados, humilhados e vilipendiados pelos três poderes, possuindo apenas em sua defesa a resignação e o caráter. Como bem escreveu Jean-Jacques Rousseau em seu livro Confessions: ‘Se eles não têm pão, que comam brioches’.
Vanderlei A. Retondo
Santo André

Tapa na cara – 2
Afinal de contas, esse absurdo aumento aos ministros do STF, 16,38%, segue a mesma rotina de reajustes dos demais trabalhadores ou é troca de cumplicidade entre os poderes Judiciário e Executivo?
Benone Augusto de Paiva
Capital

Está mudando
Acho que Elie Horn, presidente da Cyrela, deveria ir com menos entusiasmo depois das regras aprovadas pelo Congresso que punem em até 50% compradores de imóveis novos em caso de desistência. Dá até para imaginar o lobby das grandes empreiteiras para aprovação dessa lei. Mas, do outro lado, ninguém compra casa própria na planta com intenção de desistir. Mas, quando desiste, acontece por motivos extremos, como perda de emprego, a exemplo do acontecido nos últimos anos, quando 13 milhões ficaram desempregados. Essas situações difíceis correm de boca em boca, e ninguém entrará em furada dessas sabendo que poderá perder até 50% do investido. Querem apostar que imóveis usados sofrerão boom? Principalmente porque eles, depois de boa reforma, ficam como novos e o comprador não sofrerá nenhum risco. O Brasil mudou. Chegou o fim das grandes incorporações e os políticos ainda não entenderam isso.
Beatriz Campos
Capital

Não vejo
Morreram mais de 6.000 pessoas em 2017, famílias foram dizimadas e não vejo a Anistia Internacional se manifestar! Deve ser ligada ao Psol ou ao PT, que só falam do caso Marielle. Ou seja, as pessoas mortas devem ser nada ou apenas número para a o órgão. Chamo de vergonhosa atitude.
Antônio José Gomes Marques
Rio de Janeiro

Ai, ai, ai!
Quando vier à tona e forem revelados todos os culpados e a real grandeza do fabuloso rombo financeiro perpetrado contra os cofres públicos durante 13 longos anos do governo petista, o choque será tamanho que poderá causar abalo sísmico na nossa já combalida República e não sobrará pedra sobre pedra. Quem sobreviver, verá.
Maria Elisa Santos
Capital

Governo pífio
Dia sim e outro também, o presidente Michel Temer tem cometido verdadeiros insultos à sociedade brasileira com suas polêmicas tomadas de decisões. A mais recente refere-se à homologação do vergonhoso aumento de salário do Judiciário. Para fechar com ‘chave de ouro’ seu pífio governo, é provável que até o seu final cometa ainda mais alguns absurdos federais.
José Marques
Capital 




Comentários

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