A obrigatoriedade de imprimir a digital do dedo polegar na tinta e tirar fotos é passado para quem utiliza os serviços do Iirgd (Instituto de Identificação Ricardo Gumbleton Daunt), localizado no Poupatempo São Bernardo. Somente esse posto e o de Itaquera, em São Paulo, emitem a identidade por tecnologia digital e impressão a laser, que substitui o modelo tradicional existente no país. O novo formato deverá ser estendido aos outros cinco Poupatempos localizados no Estado.

De junho a setembro deste ano, a unidade de São Bernardo confeccionou 34.752 primeiras vias para menores de 16 anos, 26.518 segundas vias e 12.957 atestados de antecedentes criminais. A identidade pode ser feita a partir do primeiro mês de vida.

Segundo o gerente do Poupatempo São Bernardo, Malton Luiz de Andrade, como a técnica ainda é pouco conhecida, a unidade recebeu, de junho a setembro deste ano, dez reclamações de usuários, que passaram por constrangimento ao ter o documento recusado em cartórios e ônibus da cidade. O motivo é a semelhança com a cópia xerox colorida. Diante do problema, a direção da unidade decidiu promover uma campanha de divulgação, por meio de cartazes.

A primeira característica que difere o modelo digitalizado do atual é que a foto, a assinatura e a digital da pessoa são escaneadas. No caso de maiores de 4 anos, além do polegar, os outros dedo são escaneados, para aumentar a margem de segurança da identificação.

O documento não pode ser plastificado, pois é impresso em papel-moeda, que possui filamentos, e também relevo na borda. Esse sistema também é utilizado para a emissão da carteira nacional de habilitação. “O cidadão só tem de assinar a ficha de identificação, que serve de prova grafotécnica, caso seja necessária uma investigação. Já os dados do identificado ficam armazenados em um arquivo digital, com sua foto, metodologia que futuramente deverá substituir o acúmulo de papéis dos arquivos atuais”, explicou o supervisor do posto, Marcos Rossi.