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Apoios nacionais pautam sabatina de Doria e França

Candidatos ao governo de S.Paulo no 2º turno são indagados sobre elo com Bolsonaro e PT

Raphael Rocha
Do Diário do Grande ABC
16/10/2018 | 07:14
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Montagem/DGABC


Candidatos no segundo turno ao governo de São Paulo, João Doria (PSDB) e Márcio França (PSB) participaram na noite de ontem de sabatinas no Roda Viva, da TV Cultura, entrevistas que tiveram como tema central os apoios deles e de seus partidos na corrida à Presidência da República. Enquanto o tucano teve de responder sobre falta de reciprocidade do presidenciável Jair Bolsonaro (PSL), o socialista, atual governador do Estado, buscou distanciamento de sua imagem com o PT, apesar de o diretório nacional do PSB ter declarado adesão à campanha de Fernando Haddad, candidato do PT à Presidência.

Por sorteio, o primeiro entrevistado foi França e logo de cara foi questionado a respeito da ligação com o PT – fato esse explorado pelo seu adversário Doria. “O PT sempre foi oposição a mim. Eu ganhei deles na minha cidade (São Vicente, onde foi prefeito por dois mandatos)”, discorreu. “Petistas achavam que sou tucano e os tucanos acham que sou petista. Sou do PSB. A população de São Paulo deu recado: não quer o PT nem o PSDB.”

França também evitou declarar voto em Bolsonaro. “Eu posso não concordar com o que ele fala, mas ele é autêntico”, pontuou o atual governador, que tentou também desatrelar sua imagem à do ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB), com quem foi eleito, na condição de vice, em 2014. A despeito de jurar lealdade a Alckmin – e até defendê-lo quando escândalos da Dersa (Desenvolvimento Rodoviário S/A) foram trazidos à tona – e criticar Doria por “puxar o tapete” do ex-governador, França declarou que tem modelo próprio de governar. “Agora tem mais diálogo com servidor, por exemplo. O candidato do PSDB, do 45, é outro.”

Doria entrou na sequência. Uma das primeiras perguntas foi sobre sua ida ao Rio de Janeiro buscar, sem sucesso, apoio gravado de Bolsonaro à sua candidatura – o tucano declarou voto no presidenciável do PSL já no dia 7 e aguarda por reciprocidade. Embora Bolsonaro não tenha declarado explicitamente apoio ao ex-prefeito paulistano, Doria acredita ter adesão do atual deputado federal. “Três representantes do PSL falaram à imprensa e autorizaram o apoio a João Doria. A Joice Hasselmann, Frederico D’Avila e o futuro ministro da Fazenda, o Paulo Guedes, declararam voto em mim. Todos autorizados por Bolsonaro.”

Outro questionamento ao tucano foi sobre a relação com França. O socialista, então vice-governador, foi uma das principais figuras que costuraram o arco de alianças de Doria à prefeitura da Capital. O candidato do PSDB – que chamou França de governador interino –, rechaçou o antigo aliado como coordenador de campanha em 2016. “Vale lembrar que ele deixou a Secretaria de Turismo (do Estado), em 2012, para coordenar a campanha de Fernando Haddad (eleito prefeito naquele ano). ”  




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