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Verba de Lula já bate FHC em três cidades da região
Roney Domingos
Do Diário do Grande ABC
31/07/2004 | 20:23
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Em 18 meses, o governo Luiz Inácio Lula da Silva assinou convênios para transferência voluntária de recursos com os sete municípios do Grande ABC no valor de R$ 20,347 milhões. Sem considerar a desvalorização da moeda, a cifra é igual a quase um terço (29%) dos R$ 69,935 milhões que o governo Fernando Henrique Cardoso investiu na região desde 1996. Na soma dos dois governos, a região recebeu R$ 90,2 milhões em todo o período. Significa que, em pouco menos de dois anos, Lula fez 23% dos repasses. A participação do atual governo já é superior à do anterior em três municípios, todos petistas: Diadema, Mauá e Rio Grande da Serra. Os dados são da CGU (Controladoria-Geral da União) e da Secretaria Federal de Controle Interno.

Os valores apresentados (pagos ou não, porque contingenciamento é outra história) são referentes ao total de contratos publicados no Diário Oficial da União. As informações, disponíveis desde 1996, foram atualizadas no último dia 17 de julho.

A comparação apresentada pelo Diário busca medir os resultados do diálogo entre os administradores municipais e o governo federal. É importante ressaltar que a celebração de convênios para transferência voluntária de verbas não depende apenas da boa vontade política do governo federal ou da necessidade do município. É necessário que haja interesse comum na solução de determinado problema e atendimento a uma série de exigências burocráticas.

Até o início deste ano, por exemplo, o desempenho dos prefeitos da região em busca de verbas federais resultou em menos recursos do que aqueles aprovados para outras grandes cidades do interior, mesmo aquelas identificadas com o partido político que pilota o Planalto. Poço – O primeiro ano do governo Lula representou para os municípios do Grande ABC o fundo do poço dos convênios para transferência de recursos em todo o período analisado. A cifra de R$ 5,3 milhões foi a mais baixa desde 1996. O total oficializado entre janeiro e julho deste ano, entretanto, atinge R$ 15,054 milhões, que representa (em valores não atualizados) uma cifra maior do que aquelas investidas em 1996 (R$ 8,4 milhões), em 1997 (R$ 9,09 milhões), em 1998 (R$ 6,57 milhões). Perde apenas para os convênios aprovados por FHC em 1999 (R$ 16,4 milhões), 2000 (R$ 16,57 milhões) e 2001 (R$ 15,51 milhões).

O ponto alto dos investimentos no Grande ABC por meio de convênios ocorreu em 2002 – último ano da era FHC e, coincidentemente, também um ano eleitoral, quando os sete municípios alcançaram convênios no valor de R$ 19,699 milhões.




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