Política Titulo Avaliação interna
Ana Lídia critica ação apagada do PT na Assembleia
Fabio Martins
25/09/2018 | 07:10
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André Henriques/DGABC


Postulante a deputada estadual pelo PT, Ana Lídia criticou posicionamento brando de parte da bancada petista na Assembleia e o fato de o grupo fazer aliança com tucanos para obter espaço na mesa diretora da Casa, o que rendeu vaga aos correligionários na primeira secretaria. Ligada à Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo), a candidata avalia que a “postura tímida” do bloco tem dificultado a disputa ao governo paulista. “Nós precisamos fazer enfrentamento aos tucanos e à atual maioria (na Assembleia). Para fazer disputa, é necessário ter postura mais ofensiva. É impensável, para nós, fazer qualquer aliança com golpistas.”

O Parlamento é gerido por Cauê Macris (PSDB) e teve adesão no pleito interno de parcela do PT, que tem 14 representantes na Casa – a primeira secretaria está ocupada pelo petista Luiz Fernando Teixeira, com reduto em São Bernardo. Ana Lídia pontuou que esse cenário gera crítica “muito grande” aos atuais deputados da sigla, analisando que a conjuntura hoje pede afastamento dos setores que “deram o golpe”. Para ela, momento é de inauguração de novo período dentro do PT e, ao mesmo tempo, nas conjunturas nacional e estadual.

Professora da rede estadual, Ana Lídia alegou que o enfrentamento passa por “dizer quem fechou escolas, quem estava no escândalo da Máfia da Merenda, falar dos desvios de recursos do Trecho Norte do Rodoanel”. “Por conta de ter maioria confortabilíssima na Assembleia quase que nenhuma CPI dá resultado efetivo. Ao mesmo tempo, a bancada do PT fica apagada porque não faz enfrentamentos.”

Ana Lídia, 30 anos, é candidata pela primeira vez a estadual, contudo, entra pela segunda vez na corrida por votos. Em 2014, pleiteou cadeira na Câmara Federal. Obteve 5.649 sufrágios, na ocasião. A postulante admitiu que “foi surpresa” há quatro anos. “Tinha um pouco a ver com a conjuntura de 2013 (manifestações nas ruas). Pela primeira vez a juventude, nascida e criada nos governos do PT, foi para as ruas dizendo que a política não a representava, principalmente mulheres e negros. De lá para cá, mudou radicalmente a minha vida.” Atualmente, fala em levantar bandeira de políticas para mulheres, além de pautas da Educação e juventude. 




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