As 37 delegações deixaram Praia Grande com a sensação de que os Jogos Regionais poderiam ter sido melhor. Desta vez, não foram as praças esportivas que incomodaram dirigentes e atletas, mas a fórmula de disputa entre as cidades, que propiciou resultados humilhantes, como as vitórias por 14 a 0 do time de futebol feminino de São Bernardo sobre Franco da Rocha na abertura da competição, ou do vôlei feminino de Osasco sobre Mauá por 25/2 e 25/3. “Não é bom para o esporte ver uma equipe vencer a outra com um placar tão elástico. Para quem perdeu, a situação fica deprimente, sem objetivo”, disse o chefe da delegação de São Bernardo, Paulo Macanhani.

  Sugestões não faltam para que os Jogos Regionais e até os Abertos do Interior se enquadrem na expectativa dos dirigentes. “As competições deveriam ser revistas, criar um novo critério. Dividir as categorias em série ouro, prata e bronze. Assim, não teriam confrontos medíocres”, finalizou Macanhani.

  O chefe do Comitê Dirigente, Mário César Bortoluzo, sinalizou que a sugestão poderá ser acatada no próximo ano. Porém, deverá ser realizado um fórum com as oito regiões esportivas que participam dos Regionais e Abertos para que a modificação seja acatada. “O que é bom para São Caetano e Santos, muitas vezes não é para Juquitiba, por exemplo”, explicou Bortoluzo. A reunião poderá acontecer após os Jogos Abertos do Interior, em Botucatu, em outubro.

  O dirigente fez questão de lembrar que os Jogos Regionais e Abertos foram criados para incentivar a prática esportiva no Estado. Não é à toa que os Abertos são conhecidos como a Olimpíada Caipira. “É a maior competição esportiva do Brasil”, disse Bortoluzo. No entanto, os chefes de delegação do Grande ABC não concordam com o dirigente. Acham que o atual regulamento – que não separa o atleta profissional do amador – desestimula a prática esportiva.