Nesta quinta-feira - Dia Nacional do Doador Voluntário de Sangue - os bancos de sangue da região esperam conseguir aumentar o número de colaboradores freqüentes. O objetivo é deixar os estoques abastecidos para o fim de ano, período em que é menor o número de voluntários. "Atualmente, só 30% das pessoas que doam sangue o fazem com regularidade. O ideal seria que o número ultrapassasse 50%", afirma Alexandre Szulman, coordenador do Hemocentro Regional do Hospital Estadual Mário Covas, em Santo André. Os principais beneficiados são pacientes com anemia, câncer, queimaduras e traumatismos.

Atualmente 4,5 mil pessoas doam sangue mensalmente nos sete bancos no Grande ABC, o que corresponde a aproximadamente 1,8 mil litros de sangue. A maioria - 1,2 mil doadores - está concentrada no Hospital Estadual Mário Covas.

No meio dessa estatística, está um doador veterano, o paranaense Aparecido José de Oliveira, 48 anos, que nesta quarta fez sua 10ª doação de sangue. "Não me custa nada, porque posso ajudar a salvar vidas", afirma. Ele, como outros voluntários, sabe que não há perigo de se contrair doenças ao doar sangue.

"As seringas são descartáveis", explica Alexandre Szulman, do Hemocentro do Hospital Mário Covas. Outro benefício ao doador é receber, ao fim de cada mês, os resultados de exames que identificam se têm ou não doenças infecto-contagiosas. São feitos testes para hepatite B, C, sífilis, doença de chagas, HIV e um exame que detecta se a pessoa está desenvolvendo leucemia.