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CPTM reduz em 23% índice de falhas em trens do sistema

No ano passado, foram 23 ocorrências notáveis, contra 30 registradas em 2016

Daniel Macário
10/07/2018 | 07:00
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Celso Luiz/DGABC


Passageiros que utilizam linhas ferroviárias da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) enfrentaram no ano passado ao menos uma interrupção total na circulação de trens do sistema por mês, em determinado trecho, no Estado. Ao todo, as seis linhas da companhia registraram 23 ocorrências notáveis no período, segundo dados obtidos pelo Diário via Lei de Acesso à Informação.

O índice representa redução de 23,33% no número de ocorrências em relação ao registrado em 2016, quando ocorreram 30 casos. De janeiro a abril deste ano já foram seis ocorrências.

O levantamento leva em consideração somente ocorrências notáveis, ou seja, aquelas ligadas à interrupção total na circulação de trens, em determinado trecho, seja por problema técnico ou pela presença de usuários na via. Há também aquelas provocadas por agentes externos, tais como alagamentos e interrupção de fornecimento de energia elétrica.

Na Linha 10–Turquesa, responsável por fazer o trajeto entre Rio Grande da Serra e o Brás, na Capital, foram seis ocorrências no ano passado, todas provocadas por agentes externos: alagamentos na via decorrentes de chuvas. Não é possível fazer uma comparação com os números de 2016 porque a empresa não forneceu dados daquele ano.

Embora o número de ocorrências em 2017 seja visto pela companhia como baixo, usuários do sistema afirmam enfrentar com frequência problemas em composições da CPTM e, inclusive, chegam a questionar os dados informados pela empresa.

“Utilizo diariamente o serviço e posso falar com propriedade que em horário de pico muitas vezes a velocidade é reduzida de forma drástica, o que para mim já poderia ser considerada uma ocorrência por afetar o serviço”, avalia o analista de Recursos Humanos Iago Batista, 29 anos.

Outro ponto destacado são falhas em decorrência de chuva, problema que castiga passageiros que utilizam trens na região, em especial no trecho entre as estações São Caetano e Utinga. “É só chover que eles interrompem a circulação de trens nessa região”, relata a ambulante Francisca Ramos, 47.

Segundo a CPTM, a exemplo das modernas empresas de transporte sobre trilhos, a companhia mantém um parque de veículos de manutenção com alta capacidade tecnológica. Nos últimos anos, foram adquiridos 14 veículos auxiliares ferroviários de alta precisão. “Fabricados com tecnologia de ponta, os equipamentos são usados durante os serviços de inspeção e manutenção dos sistemas de via e rede aérea de energia, o que implica na redução no número de ocorrências no sistema, principalmente as internas, devido ao contínuo trabalho de aplicação desses equipamentos”.

Companhia prevê investimento de R$ 1 milhão na rede de energia

De acordo com a CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos), somente neste ano devem ser investidos cerca de R$ 1,028 milhão na rede de energia da Linha 10 – Turquesa, responsável por atender nove estações de trens na região.

O investimento previsto, conforme a companhia, é para a reforma das subestações de energia.

Além disso, a CPTM está inserindo trens de outras séries na Linha 10, a fim de dar maior confiabilidade e conforto aos usuários. Atualmente, oito composições da série 7500, fabricadas em 2011, estão em operação regular na linha.

A CPTM também está realizando obras de adequação de acessibilidade para pessoas com mobilidade reduzida ou com deficiência em duas estações da Linha 10-Turquesa: Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra. O prazo de conclusão das intervenções é até o fim deste ano. O investimento total nas duas estações é de cerca de R$ 1,7 milhão. As demais estações da Linha 10 receberão obras de acessibilidade até 2020. [08.ASSINA_PE]<TL>




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