Palavra do Leitor Titulo Palavra do leitor
Intervenção no Rio: quatro meses
Do Diário do Grande ABC
14/06/2018 | 11:57
Compartilhar notícia


Decretada há quatro meses com o intuito de diminuir os índices de criminalidade, a estratégia de intervenção militar na Segurança no Rio de Janeiro, antes de tudo, deve ser revista e ter a velocidade reprogramada. Tudo é muito urgente quando vidas estão em perigo. As Forças Armadas, que já vêm atuando desde meados de 2017 – quando foi instituída a GLO (Garantia da Lei e da Ordem), e, em seguida, com a efetivação da intervenção militar em fevereiro de 2018 –, fecham os primeiros meses de atuação apresentando pequena redução nos números de violência no Estado. Devido a todo o contexto envolvido podemos entender como ínfima.

Vale ressaltar também que embora os índices mostrem aparente redução ou manutenção em relação a 2017, ainda estão muito acima do que ocorreu em anos anteriores. Contudo, a ideia de ficar ‘enxugando gelo’, ou demonstrar força, como no caso da Vila Kennedy, na Zona Oeste do Rio, deve ser abandonada de imediato e não pode ser direcionada para outros lugares, pois sempre haverá recursos para reposição pelos marginais, enquanto a cadeia logística do crime permanecer ativa.

Ao mesmo tempo em que se luta por recursos financeiros à altura do problema – que jamais chegarão –, e tiverem que se virar com o mínimo disponível, criminosos seguem juntando fortunas com o tráfico de drogas, armas, cargas roubadas, cobrança de pedágios, sinais de TVs e transporte clandestino. Hoje, estamos vendo amostra de gestão pelo Comando Militar responsável, mas vale lembrar que o buraco é muito mais fundo e, ainda, que será necessário manter toda a estrutura depois. A regra de instalar e operar sempre foi seguida do manter. Muito se fala da inteligência e sua forma direta de se traduzir na produção de conhecimento, entretanto, é importante salientar que é preciso velocidade nas ações, pois esse conhecimento tem que ser oportuno. O crime é organizado e se movimenta constantemente, inclusive com ações estratégicas. Exemplo é a nova formação de grupos ‘narcomilicianos’, em que há união de milícias e demais facções criminosas. 

A expectativa está em quando será quebrada a gestão e a cadeia de suprimentos do crime. Nos presídios estão os ‘cabeças’, e que estradas, aeroportos, portos e outros atracadouros clandestinos são locais por onde chegam suprimentos. Então, por que ainda não se ocupou os presídios? Por que ainda não se está sufocando por terra, céu e mar? Ficam as perguntas diante de realidade na qual a intervenção tem validade. Combater o crime é inevitável e urgente, não sendo apenas ação de governo e, sim, de Estado. A questão está em como ficará a situação em breve e quando acabará este último suspiro.

Carlos Guimar é sócio-diretor da consultoria ICTS Security. 

Palavra do leitor

Fácil! 

 Dia 11, em seu Editorial (Opinião), este Diário comentou sobre o problema dos telefones celulares apreendidos nas cadeias, eterno transtorno que nenhum governo consegue – ou não quer – solucionar. Existem duas coisas que não se pode fugir: da lógica e do óbvio. Como entram os aparelhos? Como são carregadas as baterias? Quem as carrega? Pelo que eu saiba, cela não tem tomada, a não ser a de Lula, para assistir a novelas. Simples assim. É só resolver os problemas acima e parar com essa conversa mole de bloqueadores.

Nelson Mendes

 São Bernardo

Administração 

 Assinante e leitor deste nosso prestigioso Diário há mais de 30 anos, venho exaltar por reconhecimento (o que é raro aos administradores públicos nos dias atuais) a administração do prefeito Adler Kiko Teixeira, de Ribeirão Pires, com passagem de grande êxito à frente da Prefeitura de Rio Grande da Serra, na qual imprimiu gestão desenvolvimentista jamais visto desde sua emancipação. Agora, transitando pelas ruas de Ribeirão Pires, observa-se verdadeira revolução em obras e melhorias por onde se passa, confirmando, assim, a marca registrada de Kiko como emérito gestor público.

Iris Moreira de Santana

Rio Grande da Serra

Republiqueta 

 Cobrado pelos senadores Lasier Martins e Randolfe Rodrigues, sobre pedidos de impeachment de Gilmar Mendes, Eunicio Oliveira, presidente do Senado, disse que a matéria foi instruída e encaminhada ao jurídico da Casa para parecer, mas deixou claro que não há prazo. Antes Eunicio precisa se garantir se reelegendo e mantendo o foro privilegiado, pois o STF também não tem a menor vontade de acabar com a excrescência. Assim vamos vendo como funcionam os poderes, uns não decidem esperando para ver se outros tomam decisões que os prejudiquem. Com isso essa republiqueta segue no atraso e na dependência de termos alguém que dê murro na mesa e acabe com a palhaçada. Ja foram longe demais! 

Izabel Avallone

 Capital

Salva-vidas 

 Indignado com a Prefeitura de São Caetano. Minha mulher faz hidroginástica no Centro de Terceira Idade Nicolau Braido, no bairro São José, e já faz quase dois meses que não tem aulas no seu horário. Diziam que era problema na piscina. Agora há comentários de que o Paço não tem condições de contratar salva-vidas às atividades no centro. Espero que as aulas voltem o mais rápido possível!

Fernando Zucatelli

São Caetano

Admiro-te! 

 Registro nesta coluna minha admiração ao prefeito Paulo Serra, de Santo André, pelo notável trabalho, ao percorrer diariamente nossa cidade, apontando aos munícipes iniciativas e conclusões. Enquanto que gestores anteriores só ficavam esquentando a cadeira e desfilando para a elite. Aos descontentes, acreditem e contribuam para amanhã melhor, pois, por mais que o prefeito faça, a população nunca estará contente. Basta lembrar de Cristo, que tentou agradar a todos, e o resultado foi a crucificação. Então, prefeito, faça só o que estiver ao alcance, com honestidade e a certeza de que será lembrado nas urnas e por todo lugar que o senhor passar. Deus o abençoe!

Edson Campelo

 Santo André

Presos 

 A notícia de que um deputado catarinense condenado e preso continua no exercício do mandato sugere que o presidente da Câmara dos Deputados convoque sessão no presídio (Política, ontem). Afinal, se a Constituinte de 1988 não teve êxito na proposta de estender o direito de voto aos presos, só falta transferir as sessões para uma penitenciária.

Nevino Antonio Rocco

 São Bernardo




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;