Política Titulo Editorial
Saneamento básico
Do Diário do Grande ABC
14/06/2018 | 11:55
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O Grande ABC avança nos indicadores de saneamento básico, demonstra levantamento de associação nacional de engenharia ambiental. Todavia, a maior parte das cidades da região ainda está longe de garantir água e esgoto tratados a toda população. A almejada universalização depende de investimentos altíssimos, muitas vezes longe da capacidade orçamentária dos municípios, atualmente às voltas com grau elevado de endividamento. As razões que limitam a atuação das administrações passam longe do descaso e da má vontade dos gestores, tendo origem nas crises financeira e política que assolam o País.

É evidente que prefeitos, governadores e presidentes da República gostariam de passar à história como responsáveis por garantir água limpa e esgoto tratado para 100% dos brasileiros. Seria vitória digna de reconhecimento histórico, para ser imortalizada. Falta, todavia, dinheiro para assegurar a construção de estações de saneamento e rede distribuidora em número suficiente – isso sem falar na corrupção endêmica que desvia parte considerável dos recursos que deveriam ser destinados a projetos do setor.

As dificuldades existentes, porém, não podem influenciar as políticas de universalização do saneamento básico. Até porque investir maciçamente em água limpa e esgoto tratado garante economia ainda maior na outra ponta da corrente, onde se encontra a Saúde pública. Sabe-se que boa parte dos atendimentos médicos é causada por ausência de ambos os serviços.

Há dois anos, estudo do Departamento de Engenharia Civil e Ambiental da UnB (Universidade de Brasília) demonstrou que cada R$ 1 aplicado em saneamento básico gera economia de R$ 4 em gastos com Saúde. Quanto mais esgoto tratado, menos gente passando por tratamento de doenças como febre tifoide, cólera, hepatite A, amebíase, giardíase e leptospirose, para ficar em algumas das mais comuns. Como se vê, todo o investimento em água e esgoto tratados, por mais alto que seja, sempre proporcionará economia muito maior à frente. Só falta que os gestores se convençam disso.




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