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Para 53,43% dos locadores, fiadores são melhor opção
Michele Loureiro
Especial para o Diário
23/05/2007 | 07:06
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Considerada ultrapassada e constrangedora para todos os envolvidos, a garantia representada pelo fiador nos contratos de locação de imóveis predomina no mercado imobiliário.

De acordo com uma pesquisa do Creci- SP (Conselho Regional de Corretores de Imóveis do Estado de São Paulo), em abril, o fiador foi a forma escolhida para assegurar o aluguel de 53,43% das propriedades. Outros 31,05% optaram pelo depósito de valor referente a três meses de locação e 15,52% recorreram ao seguro-fiança, modalidade em que se paga a uma seguradora um percentual do valor do aluguel mensal.

“Essa realidade do mercado de locação vem se mantendo inalterada há bastante tempo, mas deve servir de alerta para as pessoas que procuram imóveis para alugar, para os donos de imóveis e para as próprias imobiliárias”, afirma José Augusto Viana Neto, presidente do Creci-SP.

É preciso ter atenção ao se escolher um fiador e ao aceitar ser um deles. O Creci-SP tem recebido inúmeras queixas de fraudes. “Todas as informações precisam ser verificadas no sentido de se garantir ao locador que a pessoa que se apresenta como avalista da locação é realmente a dona dos documentos oferecidos”, alerta o presidente do Creci-SP.

Em alguns casos, pessoas perdem os documentos e depois de muitos anos descobrem que têm dívidas altíssimas registradas no nome. “O fiador continua sendo preferido, apesar dos constrangimentos e de problemas como esse, porque essencialmente não representa custo para o candidato a inquilino”, esclarece Viana Neto.

O presidente do Creci-SP acredita que há uma grande oportunidade de negócios para as seguradoras no mercado de locação. “Se houver redução do valor pago pelo seguro-fiança, e essa é a forma de se massificar o serviço, muitas pessoas deverão optar por pagar para não ter que passar pela situação incômoda de pedir a alguém que seja seu fiador”, diz.

Ao mesmo tempo em que as notícias envolvendo fiadores não são boas para o mercado imobiliário, o setor pode se consolar com a notícia da queda de inadimplência no mês de abril. Dados do Creci-SP, com 455 imobiliárias da Grande São Paulo, mostram que 5,85% dos inquilinos estão inadimplentes, percentual que é 1,82% inferior a março. (Supervisão de Fernando Bortolin)




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