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Bolsas da Europa fecham em alta lideradas por Milão, com 'fico' da Itália ao euro
11/06/2018 | 13:52
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Os principais mercados acionários na Europa fecharam em altas consistentes no pregão desta segunda-feira, 11, liderados pela Bolsa de Milão, que escalou mais de 3% com a garantia dada no fim de semana pelo ministro de Economia e Finanças da Itália, Giovanni Tria, de que o atual governo do país não está nem sequer cogitando uma proposta para deixar a zona do euro. Diante do "fico" de Roma, que levou a uma forte retomada das ações de bancos italianos, ficou em segundo plano a dissintonia comercial observada desde sexta-feira entre o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e os seus pares no G-7, grupo das sete maiores economias do mundo.

Falando no ocupante da Casa Branca, as atenções se voltam agora para o seu encontro ainda nesta segunda-feira com o líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, às 22 horas (de Brasília).

O índice pan-europeu Stoxx 600 teve ganho de 0,73%, aos 387,94 pontos. O subíndice do setor bancário subiu ainda mais: 0,90%.

Na agenda de indicadores, ficou conhecido que a produção industrial do Reino Unido decresceu 0,8% entre março e abril, de acordo com o Escritório de Estatísticas Nacionais (ONS, na sigla em inglês) britânico - a expectativa de analistas ouvidos pelo Wall Street Journal era de expansão de 0,2%. A instituição informou que, também em abril, o Reino Unido apresentou déficit comercial de bens no valor de 14 bilhões de libras, enquanto os economistas consultados previam saldo negativo menor, de 12 bilhões de libras.

Em Milão, o FTSE MIB encerrou com avanço de 3,42%, para os 22.086,20 pontos. O bom humor local deriva da entrevista publicada pelo jornal Corriere della Sera no fim de semana com Giovanni Tria em que o ministro de Economia e Finanças da Itália negou a existência de qualquer proposta para abandonar a zona do euro. O alívio de investidores do mercado acionário se manifestou principalmente em ações de bancos, preponderantes no índice milanês, como as do Intesa Sanpaolo (+6,64%), UniCredit (+6,19%) e Banco BPM (+6,15%).

Na Bolsa de Londres, o FTSE 100 subiu 0,73%, para os 7.737,43 pontos. As ações da siderúrgica russa Evraz lideraram os ganhos nesta praça, com ascensão de 7,53% após a Fitch elevar o rating da empresa de BB- para BB, com perspectiva estável. As da multinacional tabagista British American Tobacco tiveram alta de 2,48% e as do Standard Chartered, de 2,63%.

O DAX 30, da Bolsa de Frankfurt, ganhou 0,60%, aos 12.842,91 pontos. O alívio na Itália soprou bons ventos também para os bancos alemães, como mostram as altas do Commerzbank (+3,45%) e do Deutsche Bank (+1,29%).

Em Paris, o CAC 40 teve ascensão de 0,43%, para os 5.473,91 pontos. Credit Agricole subiu 1,60%, Société Generale ganhou 1,58% e BNP Paribas avançou 1,82%.

Na Bolsa de Madri, o Ibex 35 variou 1,56% para cima, aos 9.898,30 pontos. Nesta praça, os papéis do Banco Santander subiram 2,82% e os do Bankia, 2,56%. Os da siderúrgica ArcelorMittal tiveram ganho de 1,84%.

O PSI 20, da Bolsa de Lisboa, avançou 0,52%, para os 5.644,59 pontos.




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