A produção de mosaico italiano não é uma técnica que pode ser definida como de domínio popular. Para atingir nível significativo, exige estudo, pesquisa, observação e, óbvio, senso estético. E tudo em doses acima da média. A mineira Cássia Raad, 37 anos, que mora em São Bernardo, mas que em breve troca o Grande ABC por Trento, na Itália, possui os requisitos necessários. Mostra isso na exposição em cartaz até 22 de junho no Restaurante Toscana, em São Bernardo.

Cássia selecionou dez peças que dão conta do apuro de seu trabalho como mosaicista. O material empregado é mármore e vidro colorido, com detalhes em folha de ouro. As peças, em geral figurativas e com notável equilíbrio de cores, têm o ferro como moldura.

Formada em Artes pela Universidade Federal de Juiz de Fora, pós-graduada em Marketing pela Fundação Machado Sobrinho/FGV e especializada em mosaico italiano pela escola italiana Centro Provinciale per la Formazione Professionale em Ravenna, Cássia explica que a técnica que elegeu para se manifestar exige dedicação: “O trabalho é minucioso e, por isso, a produção é lenta. Levo de dois a três meses para finalizar cada peça.”

Para aqueles que se interessarem muito pela obra de Cássia, uma boa notícia: o acervo está à venda. Em dimensões variadas (o maior tem 90 cm de altura), os trabalhos custam de R$ 350 a R$ 1,3 mil.