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Material de construção projeta crescimento de 15% neste ano
Alexandre Melo
Do Diário do Grande ABC
23/07/2010 | 07:21
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Depois de registrar avanço de 19,78% na comercialização de materiais para construção no semestre, o setor enxerga que se aproxima da estabilidade do crescimento neste semestre, caminhando para encerrar o ano com faturamento 15% maior quando comparado ao de 2009, que somou R$ 96 bilhões.

O presidente da Abramat (Associação Brasileira de Materiais de Construção), Melvyn Fox, avalia que a base de comparação com o primeiro semestre do ano passado foi fraca devido à influência da crise. "A situação começou a melhorar a partir de abril de 2009, com a desoneração fiscal do governo", relata o executivo.

Nos seis primeiros meses deste ano, a comercialização de materiais básicos aumentou 21,10%, enquanto a de empresas de acabamento subiu 17,18%. O faturamento do mês passado apresentou crescimento de 16,34% em relação a igual mês de 2009. Na comparação com maio, houve ligeira desaceleração, de 0,71%.

O mês de junho foi o oitavo consecutivo que teve números positivos, após um período de baixa nas vendas por conta da crise. Mesmo assim, a tendência é que os números sejam mornos a partir deste mês, justamente por que o segundo semestre de 2009 teve desempenho bastante favorável.

"A situação do setor é extremamente positiva. Para se ter ideia o crédito para financiamento habitacional beira os R$ 65 milhões", endossa o presidente da associação.

Impulso - Fox destaca que a entidade negocia com o governo para que a redução do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) seja mantida no mínimo até 2014, quando deverá ser concluída a segunda etapa do programa Minha Casa, Minha Vida. "O governo deverá aceitar isso, visto que o setor está começando a sentir agora a demanda gerada pelo programa", diz o executivo.

Tanto que a projeção da Abramat é que o atual faturamento de R$ 96 bilhões quase dobre até 2016, ano em que acontecerá a Olimpíada no País, para R$ 188 bilhões, por conta das obras de infraestrutura.

Reflexo Copa - Questionado sobre o efeito da Copa do Mundo nas vendas, o presidente confirmou que impactou o resultado de junho, pois "os consumidores só pensavam nos jogos da Seleção, enquanto os funcionários das construtoras também eram liberados mais cedo". Ele garante que o impacto não ficou acima do esperado.




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