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Moradoras de Ribeirão Pires reclamam de descaso do Samu
Evandro de Marco
Do Diário do Grande ABC
03/09/2009 | 07:30
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Moradoras da Vila Moderna, em Ribeirão Pires, se revoltaram com o que classificaram como descaso do atendimento do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) do município. Elas afirmam que o serviço não buscou um homem que estava caído na rua em que moram. Procurada pelo Diário, a Prefeitura de Ribeirão Pires não explicou os motivos pela falha do atedimento.

Na noite de anteontem, a consultora de vendas Lucilene Gonçalves, 50 anos, e a filha Bárbara Graziele dos Santos, 19, depararam com um homem caído na calçada em frente à casa onde moram, na Avenida Francisco Monteiro e decidiram pedir ajuda ao Samu. "Ele estava muito confuso, não se lembrava do próprio nome e nem onde morava", conta Lucilene.

Segundo a consultora, ela ligou para o Samu, que teria se negado a buscar o homem que aparentava ter 55 anos, "Disseram que era para ligar para a Polícia Militar. Tentei o telefone 190, mas não fui atendida", conta.

Lucilene teria tentado ajuda com a 2ª Companhia do 30º Batalhão da Polícia Militar, responsável pelo patrulhamento em Ribeirão. Mas, segundo ela, mais uma vez não conseguiu socorro. "Mandaram ligar novamente para o Samu."

Procurado pelo Diário, um dos policiais militares da 2ª Companhia do 30º Batalhão disse que somente por meio do telefone 190 eles poderiam receber a ordem para que uma viatura se deslocasse ao local para atender a ocorrência.

O policial ainda ressaltou que o Samu somente poderia ser chamado pelos policiais, que deveriam fazer uma análise da situação no local. "É preciso averiguar se a pessoa não estava muito alterada."

Sem ajuda - Bárbara conta que até mesmo o Corpo de Bombeiros foi procurado, mas também não teria oferecido uma solução para o impasse. "Indicaram mais uma vez o Samu."

Nesse momento, mãe e filha decidiram ligar novamente para o serviço de ambulâncias e, mais uma vez, receberam ‘não' como resposta. "Um homem que se identificou como Sanches disse que eles não pegavam bêbado na rua e que, se eu quisesse, levasse o homem para o hospital no meu carro. Disse isso de uma maneira extremamente ríspida", critica Bárbara.

Depois de insistirem em tentar conseguir ajuda para a pessoa caída à sua porta, as duas decidiram seguir a orientação do atendente do Samu e colocaram o homem em seu carro particular e o levaram até o Hospital Municipal São Lucas. "Fiquei com medo de que ele morresse no meu carro. Mas agi assim porque não queria correr o risco de sair na manhã seguinte para trabalhar e encontrar essa pessoa morta em frente à minha casa", conta a consultora. "Alguém teria de ter vindo aqui."

No centro médico, ficou constatado que o homem tinha comprimidos de remédio para pressão e anti-alérgicos no bolso. Segundo Bárbara, os médicos disseram que ele pode ter misturado os medicamentos com bebida alcoólica, o que provocou a reação.




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