Prefeito de Mauá, preso desde quarta, apelará ainda no TRF-3, que decretou detenção preventiva
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A defesa do prefeito de Mauá, Atila Jacomussi (PSB), ingressará hoje no STJ (Superior Tribunal de Justiça) com pedido de habeas corpus para a soltura do socialista, preso desde quarta-feira por suspeita de lavagem de dinheiro, na carceragem da PF (Polícia Federal), na Capital, no âmbito da Operação Prato Feito. Na sexta-feira, Atila viu o TRF-3 (Tribunal Regional Federal da 3ª Região) converter sua prisão temporária em preventiva, o que significa que não há prazo para que ele deixe o encarceramento.
Os advogados do prefeito mauaense também entrarão com recurso, durante esta semana, no próprio TRF-3, os chamados agravos regimentais. Este dispositivo é usado quando uma decisão é tomada de forma monocrática pelo juiz e a defesa tenta levar o pedido, nesse caso a soltura, à apreciação do colegiado. Na situação de Atila, a prisão preventiva foi determinada exclusivamente pelo desembargador federal Maurício Kato, na sexta-feira.
O criminalista Daniel Bialski, que defende Atila, afirmou ao Diário que a defesa aguarda que haja resultado do HC no STJ “na segunda (feira, amanhã) ou terça-feira”, o que significa que o prefeito de Mauá passará, pelo menos, o resto do fim de semana na prisão – completará, no mínimo, cinco dias de detenção.
O Diário revelou ontem com exclusividade detalhes da cela onde Atila Jacomussi e o seu secretário e braço direito João Gaspar (PCdoB, Governo e de Transportes) estão detidos. O tímido espaço é um cárcere comum, com grades, de 11,7 metros quadrados, e que conta com mesa, beliche, chuveiro e vaso sanitário. A cela está no mesmo setor ocupado por presos da Operação Lava Jato, como os irmãos Wesley e Joesley Batista, donos do grupo J&F. A dupla é acusada de integrar esquema de desvios e fraudes em contratos de merenda e material escolares. Na casa de Atila, a PF encontrou R$ 87 mil em dinheiro vivo e na de Gaspar, R$ 588,4 mil.
PROTESTO
Na manhã de ontem, o PT de Mauá promoveu ato, no Centro, exigindo a liberdade do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A manifestação também foi usada para pedir a cassação do mandato de Atila e a manutenção de sua prisão. Presidente do PT paulista, o ex-prefeito de São Bernardo Luiz Marinho defendeu que a executiva municipal do partido “precisa refletir sobre (pedir) o impeachment de Atila”, o que deve ser feito amanhã.
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