Para conseguir ampliar a representação na Câmara de São Bernardo, o G9 - formado por PTB, PP, PR, PRB, PRTB, PSDC, PSL, PTN e PV - cogita disputar de forma unida e independente a eleição proporcional. O grupo formado em fevereiro integra a base de sustentação do prefeito Luiz Marinho (PT) com outras siglas, como o PTdoB e o DEM, e alega que por conta da coligação firmada em 2008 não conseguiu eleger nenhum parlamentar - no ano passado, porém, o vereador Ivanildo de Santana trocou o PSB pelo PTB, sendo o único nome do bloco no Legislativo.

"Estamos realizando estudo para avaliar essa possibilidade. Na próxima semana deveremos ter uma definição", disse o porta-voz do G9, Fábio Cassetari (PRB). Segundo ele, o potencial eleitoral do grupo, que pode somar 50 mil votos, motivou a discussão. "Pode ser que tenhamos dentro do grupo candidaturas a vereador isoladas", considerou.

Mesmo integrando o arco de alianças de Marinho, o G9 surgiu fazendo barulho. Nos bastidores ventila-se que o grupo foi criado para pressionar o petista por mais espaço na administração, fato negado pelos presidentes das legendas que formam a frente partidária.

No começo da semana, o G9 participou de encontro com Marinho no qual o prefeito iniciou as discussões sobre o plano de governo que pretende consolidar em junho, na convenção partidária que homologará os postulantes das eleições majoritária e proporcional.

O G9 tem realizado reuniões periódicas para traçar as metas eleitorais. Comenta-se que na semana que vem o presidente estadual do PTB, deputado Campos Machado, se reunirá com o comandante do diretório local da sigla, João Costa de Assis, e os demais integrantes grupo.

Com o aumento de cadeiras na Câmara de São Bernardo de 21 para 28 a partir da próxima legislatura, aumenta a disputa por espaço no Legislativo. Atualmente as maiores bancadas são do PT (seis vereadores), PSB (quatro parlamentares) e PSDB (três representantes).