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Sombras no futuro de Paulo Serra

Não serão poucos os candidatos a deputado na eleição deste ano que apoiam a administração do prefeito de Santo André

Raphael Rocha
03/05/2018 | 07:12
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Não serão poucos os candidatos a deputado na eleição deste ano que apoiam a administração do prefeito de Santo André, Paulo Serra (PSDB). E nomes dos mais variados partidos – Ailton Lima (PSD), Edson Sardano (PTB), Professor Minhoca (PSDB) e Almir Cicote (Avante) estão na lista. O tucano tem dito que vai subir nos palanques dos aliados porque boa quantidade de representantes andreenses aliados na Assembleia e na Câmara é atrativo ao governo. Mas muita gente acredita que a difusão de apoios de Paulo Serra significa não apoiar ninguém de fato. Assim fica uma questão para o futuro: se caso um desses aliados se eleger – ou até ser bem votado – sem a adesão maciça do prefeito, ele automaticamente vira uma sombra para a tentativa de reeleição do tucano em 2020. Sombra essa que o próprio Paulo Serra se tornou ao ex-prefeito Carlos Grana (PT), de quem foi secretário e rompeu politicamente para lançar seu bem-sucedido projeto solo à Prefeitura.

Recados e sinais
Ex-líder do governo do prefeito de Mauá, Atila Jacomussi (PSB), na Câmara mauaense, o vereador Professor Betinho (PSDC) protocolou moção de aplauso ao deputado federal Andrés Sanchez (PT), que destinou R$ 860 mil em emendas para a área da Saúde em Mauá e em Rio Grande da Serra. Curiosamente o PT é oposição ao governo do socialista, do qual Betinho é integrante e defensor. Das duas uma: ou Betinho quer mandar sinal para Atila ou encaminha apoio a José Carlos Orosco Júnior, ex-secretário de Obras da cidade e pré-candidato a deputado federal pelo PDT, para quem Andrés já anunciou apoio na eleição deste ano – o petista revelou que não buscará renovar seu mandato na Câmara Federal. Vale lembrar que Betinho nutriu esperança de ser candidato a deputado estadual com patrocínio do Paço, vaga essa preenchida pelo pai do prefeito, o presidente da Câmara, Admir Jacomussi (PRP).

Coincidências do tucanato
Diante das expulsões registradas pelo PSDB estadual na semana passada surgiu uma coincidência: a relação do passado entre os excluídos no tucanato. Novo secretário de Educação do governo Márcio França (PSB), o ex-prefeito de Botucatu João Cury Neto (sem partido), que foi expulso justamente pelo acerto com França, integrou a comissão de ética e disciplina que julgou o caso do prefeito de Rio Grande da Serra, Gabriel Maranhão (sem partido), em 2015, então por declarar apoio e voto na presidente Dilma Rousseff (PT), candidata à reeleição.

Na campanha
Vice-prefeito de São Caetano, Beto Vidoski (PSDB) decidiu permanecer na Secretaria de Esportes, o que, consequentemente, impede eventual candidatura neste ano. Porém, ele participa ativamente de uma campanha eleitoral: a do vereador andreense Professor Minhoca (PSDB).

Número dois
Vice-presidente paulista do Pros e coordenador do partido no Grande ABC, Rogério Garcia foi indicado ao governador de São Paulo, Márcio França (PSB), para compor a Secretaria de Estado de Esportes. Ele deve ser o novo adjunto da Pasta. A cota ao Pros se dá após apoio confirmado da legenda ao projeto de reeleição de França ao Palácio dos Bandeirantes. Com o espaço, a região resgata parcela da participação na secretaria, uma vez que comandou a área com José Auricchio Júnior (PSDB, na gestão Geraldo Alckmin) e também com Israel Zekcer (PTB, na administração Mário Covas). Cabe lembrar que Cícero Martinha (SD), então dirigente do Sindicato dos Metalúrgicos de Santo André e Mauá, foi nomeado para gerir a Pasta de Emprego e Relações do Trabalho.

Proposta da GCM
Manifestação de alguns integrantes da GCM (Guarda Civil Municipal) contra eventual corte de folga mensal ao efetivo teve repercussão na Câmara de São Bernardo. Isso ocorre depois da regulamentação do plano de cargos e carreira da categoria, além da transformação em regime CLT (Consolidação das Leis do Trabalho). O descanso extra fazia parte de acordo informal acertado entre o governo anterior e a corporação. 




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