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Polícia busca imagens para esclarecer chacina

Objetivo é identificar assassinos dos quatro jovens executados na segunda-feira e enterrados ontem

Bianca Barbosa
Especial para o Diário
19/04/2018 | 07:00
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 Na tentativa de identificar os motociclistas responsáveis pela chacina de quatro jovens com idade entre 22 e 25 anos na noite da segunda-feira, no Jardim Industrial, em São Bernardo, a Polícia Civil buscará câmeras de monitoramento pelo bairro. Isso porque as imagens de equipamento instalado em supermercado próximo à Rua Edson Queiroz, onde os rapazes foram executados, não forneceram o material esperado.

Conforme o delegado titular do 1º DP (Centro), responsável pelas investigações, Aloizio Pires de Araújo, as câmeras do supermercado filmam parte pequena da via, que não contempla o local onde está instalada a mercearia onde os quatro jovens foram alvejados, cada um, com três a quatro tiros na cabeça. “A equipe (de investigação) vai procurar outros estabelecimentos com câmeras em possíveis rotas de saída da comunidade.”

Os próximos passos da investigação também incluem depoimentos de familiares das quatro vítimas: o entregador Dhiyego da Silva, 22 anos; o ambulante Cássio de Almeida Santos, 23; Rafael André Borges, 25; e Edival Alves Lima Júnior, 23. Entre as hipóteses para o crime estão o envolvimento policial e também acerto de contas com o tráfico de drogas. Apenas um dos rapazes tinha passagem policial – Junior foi detido por roubo de moto e posse de entorpecentes.

REVOLTA

Os quatro amigos foram enterrados na manhã de ontem no Cemitério do Curuçá, em Santo André, sob clima de tensão e revolta. Os rapazes conversavam em frente à mercearia onde Dhiyego trabalhava quando foram abordados por quatro homens em duas motos e obrigados a ajoelhar, antes de serem mortos. Ele deixou duas crianças, com 7 meses e 3 anos.

Amiga de Cássio há cerca de dez anos, a vendedora Kelly Cristina Prado, 31, destacou a união do grupo. “Minhas lágrimas já secaram de tanto que chorei. Ele era um menino bom, não dá para entender. Eles eram muito próximos, viviam dando risada, felizes, juntos”, disse. Padrinho do jovem, o ajudante geral Alexandre Souza, 28, estava inconsolável. “Eles foram criados praticamente juntos”, lamentou.

CRAVINHOS

A Justiça decidiu mandar Cristian Cravinhos, condenado pela morte do casal von Richthofen, de volta para a prisão, após ele ter sido detido com arma de fogo e tentar subornar policiais, na madrugada de ontem, em Sorocaba, Interior do Estado. Cristian estava em liberdade desde agosto do ano passado, após cumprir parte da pena de 38 anos e seis meses, na Penitenciária de Tremembé.




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