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FMI pede reformas no Japão
Das Agências
12/01/2001 | 14:27
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O diretor-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI), Horst Koehler, pediu nesta sexta-feira ao Japão não uma, mas três vezes, que realize reformas estruturais em seu setor empresarial e financeiro, em vez de se deixar arrastar pelo pessimismo econômico.

'O mais importante para o Japão é não exagerar no pessimismo e concentrar-se nas prioridades', explicou Koehler em uma coletiva em Tóquio.

'A prioridade número um para este país é continuar com a reestruturação do setor empresarial e financeiro. A número dois: reestruturar o setor empresarial e financeiro. A número três: reestruturar o setor empresarial e financeiro', insistiu Koehler.

O diretor-geral do FMI trocou pontos de vista com o governo, empresários e líderes financeiros, na véspera de uma reunião de ministros das finanças da Asem neste fim de semana em Kobe (centro). No final dos encontros, Koehler manifestou sua confiança na recuperação econômica japonesa.

'Espero que continue a recuperação, embora em ritmo moderado. Este crescimento dará uma influência estabilizadora à região', disse Koehler em um discurso, sem dar uma estimativa precisa em termos de porcentagem.

'A superação dos desequilíbrios causados pelo período da bolha (financeira) está necessitando mais tempo do que o previsto. Mas não tenho dúvidas de que esta grande nação voltará a se converter numa fonte de crescimento na Ásia e no mundo', afirmou Koehler.

Horas depois que o iene caiu abaixo dos 118 por dólar, pela primeira vez desde julho de 1999, Koehler afirmou que não estava 'muito preocupado com a desvalorização do iene nas últimas semanas'.

Assinalou que o fato de que o euro esteja se fortalecendo e o dólar se enfraquecendo é um reflexo das economias das duas divisas e 'uma correção natural e necessária'.

A depreciação do iene e de outras moedas asiáticas não provocará provavelmente uma desvalorização do yuan chinês, disse Koehler. China demonstrou 'uma política expeditiva' em seu crescimento financeiro e econômico.

Perguntado sobre a espiral de dívida do Japão, Koehler disse que nas atuais condições macroeconômicas 'é apropriado controlar o déficit fiscal' como se está fazendo.

Koehler descartou como exageradas as insinuações de que a dívida acumulada do Japão levará o país à bancarrota, embora admitisse que era motivo de preocupação.

'É um fardo, uma preocupação no sentido de que se deveria trabalhar para uma consolidação a meio e longo prazo, mas os comentários no sentido de que o Japão vai à bancarrota são totalmente exagerados e ridículos'.

'Não creio que o Japão vá precisar do apoio do FMI', concluiu o diretor-geral do FMI.




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