Setecidades Titulo Decisão judicial
Docentes protocolam desejo de reintegração à Metodista

Por enquanto, apenas 11 dos 83 dispensados querem retornar; Justiça determinou readmissão

Juliana Stern
Especial para o Diário
15/03/2018 | 07:00
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A Universidade Metodista de São Paulo recebeu, na tarde de ontem, notificação judicial sobre o interesse de reintegração de 11 dos 83 professores demitidos no fim do ano passado. A ação leva em conta sentença da juíza da 8ª Vara do Trabalho de São Bernardo, Valéria Pedroso de Moraes, que determina a readmissão dos funcionários imediatamente.

Além determinar a reintegração dos professores, o documento protocolado ontem impõe ainda o pagamento, por parte da instituição de ensino, de FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço), férias e salários atrasados desde o dia da demissão, equivalentes aos meses de dezembro, janeiro e fevereiro. 

Para um dos professores que desejam ser reintegrados e presidente da Associação dos Docentes, Rodolfo Bonventti, a sentença representa, por enquanto, boa notícia. Isso porque a universidade ainda pode recorrer da decisão judicial. “Podemos considerar vitória, mas o que farão com a gente é outra história. Se teremos horas de aula ou se ficaremos em uma sala vendo o tempo passar não sabemos”, destaca.

Professor de Finanças que também optou por ser readmitido, Prodromos Jean Kyrissoglou acrescenta que o ganho ainda é “agridoce”. “Podemos chegar aqui amanhã (hoje) e sermos informados que eles (universidade) entrarão com recurso. Ou eles podem reintegrar agora e demitir de novo em julho”, cogita.

Para os docentes que não aceitaram voltar à instituição, haverá reunião no Sinpro (Sindicato dos Professores do Grande ABC). Segundo Kyrissoglou, a universidade tentou fazer “acordos absurdos” para os pagamentos dos dispensados. “Ofereceram pagar o fundo de garantia em 22 parcelas”, diz. 




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