"Um banco central tem de evitar causar qualquer tipo de choque à economia", disse Kuroda durante sessão no Parlamento.
Kuroda admitiu que a normalização terá de ocorrer eventualmente, mas apontou a experiência dos EUA, numa provável referência ao forte avanço nos rendimentos dos Treasuries que antecipou o início da retirada dos estímulos pelo Federal Reserve (Fed, o banco central americano), em 2013.
"Não acho que o (BoJ) vai continuar com intenso relaxamento monetário se a meta de inflação for atingida e a economia se expandir de forma constante", afirmou Kuroda, acrescentando que financiar dívida do governo não é uma atribuição do banco central.
A fala de Kuroda indica maior disposição sua de falar sobre a eventual saída da política atual, assunto que ele até agora se mostrou relutante em discutir em público, uma vez que a inflação no Japão continua bem distante da meta do BoJ, que é de uma taxa de 2%.
Nos últimos tempos, Kuroda havia reiterado em várias ocasiões que debater uma possível saída do relaxamento monetário poderia passar uma impressão errada e causar confusão desnecessária.
Analistas dizem que comunicar aos participantes de mercado sobre a futura normalização da política monetária será provavelmente o principal desafio de Kuroda em seu segundo mandato de cinco anos. Fonte: Dow Jones Newswires.
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