Política Titulo Editorial
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Do Diário do Grande ABC
24/02/2018 | 10:51
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É inegável a importância da UFABC (Universidade Federal do ABC). A instituição de ensino é responsável pela formação de inúmeros profissionais que, certamente, farão a diferença no futuro e serão disputados pelo mercado. Além do desenvolvimento de pesquisadores que terão como missão aprimorar métodos e processos nas mais variadas áreas do conhecimento.

Um complexo universitário tão grandioso não pode seguir como barco sem comandante, correndo risco de desviar-se do rumo traçado ou mesmo de naufragar por não ter como escapar de tormentas ou de corais que venham levá-lo a pique, submergindo em mar revolto de problemas e desconfianças.

A UFABC, que já enfrenta o desequilíbrio financeiro resultante da redução de verbas federais, não pode nem deve vivenciar crise gerada pela vacância do principal cargo, o de reitor. 

Difícil encontrar explicação plausível para o fato de um espaço que reúne tamanho contingente de intelectuais demorar tanto tempo para fechar um processo eleitoral iniciado em novembro e que escolheu lista de três nomes da qual o presidente da República deveria indicar um para assumir o posto a partir de 8 de fevereiro.

Muito pior é saber que isso ocorreu, segundo o Ministério da Educação, por desrespeito ao processo de escolha, falha admitida pela universidade, mas classificada como “erro de encaminhamento”, e que teria sido posteriormente corrigido.

Como se o emprego de termo mais ameno pudesse justificar o lapso, que retardou a determinação de quem já deveria estar conduzindo os destinos da UFABC deste mês até 2021. Com isso, a solução emergencial foi a nomeação pro tempore (temporária) de Klaus Capelle ao posto até o fim do imbróglio, o que tem gerado instabilidade no campus.

Em um ambiente por onde circulam tantos cérebros privilegiados, chega a ser espantoso, para não dizer suspeito, o cometimento de falha em assunto tão importante. 




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