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Sydney: roteiro e dicas de viagem na cidade australiana
Paulo Basso Jr.
Do Rota de Férias
21/02/2018 | 11:16
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Sydney, principal cidade da Austrália, é muito, muito cool. Poucos lugares que eu visitei por aí exibem uma vibração tão positiva quanto ela. Não à toa, suas cenas gastronômica, fashion e cultural despontam entre as mais efervescentes do mundo atualmente. Já pensou em viajar para lá?

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A Opera House é o principal cartão-postal de Sydney

Viagem para Sydney: roteiro

Para o brasileiro, a viagem pela Austrália costuma começar justamente em Sydney, a cidade mais famosa do pedaço (embora a capital australiana seja Camberra), após um longo roteiro. Quem desembarca ali após pouco mais de 14 horas de voo desde Santiago, no Chile – a conexão mais rápida a partir do Brasil –, tem a sensação de ter viajado rumo ao futuro, mesmo porque o relógio avança 13 horas em relação a Brasília.

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Com avenidas largas, prédios modernos, uma porção de áreas verdes e um litoral que esbanja recortes insinuantes, Sydney é um daqueles lugares que parece ter resolvido a maioria dos problemas sociais e agora só quer saber de receber bem e surpreender o visitante com uma vibe para lá de positiva.

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Por todos os lados de Sydney, como em Bondi, há gente praticando esportes

Colabora com isso o fato de o australiano ser do tipo que ri de graça. Os aussies, como são conhecidos, são educados, receptivos, adoram uma piada e têm uma forte queda pela vida ao ar livre.

O que fazer em Sydney

Circular Quay

Por todas as partes de Sydney é possível ver gente praticando exercícios, correndo, pedalando ou simplesmente tomando uma taça de vinho ou copo de cerveja a qualquer hora do dia nos muitos pubs e restaurantes espalhados pela cidade.

Batizada de Circular Quay, a área mais pulsante da região é também a que melhor sai na foto. Afinal, é lá que fica o cartão-postal top do Novíssimo Mundo, a Opera House, projetada pelo arquiteto dinamarquês Jørn Utzon e que enche os olhos ao imitar o desenho de barcos a velas sobre as águas mansas da Baía de Sydney.

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Baía de Sydney: cidade tem uma vibe espetacular

É quase irresistível começar o passeio pela cidade justamente ali, ainda mais se for sábado à noite, quando, durante boa parte do ano, um show de fogos rola às 21h e consegue o que parecia praticamente impossível: deixar o cenário ainda mais fotogênico. E o que é melhor: tudo isso é de graça.

Opera House e Opera Bar

Já durante o dia, é possível visitar o interior da Opera House, cuja acústica elogiada atrai óperas e filarmônicas de todo o mundo. Os tours servem de prévia para a visita ao Royal Botanic Garden, um lindo jardim que se descortina ao lado da casa de espetáculos.

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Sydney Harbour Bridge

Ou então para quem deseja passar algumas horas agradáveis no Opera Bar, ponto de encontro de visitantes e locais aos fins de semana. Com uma taça de vinho na mão, é uma delícia sentar-se nas mesas situadas na parte externa e apreciar outro símbolo da região, a Sydney Harbour Bridge.

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Opera Bar, em Sydney

Para quem gosta de caminhar, fica a dica: atravesse a ponte a pé até o Milson’s Point, um gramadão, e receba de presente a melhor vista da baía.

Sydney: onde ficar

Para imergir no clima jovial que toma conta da cidade mais cool da Austrália, uma boa ideia é se hospedar nos hotéis-butiques que brotaram aos montes por lá nos últimos anos. É o caso do QT, localizado no coração da CBD (como eles chamam a região central) e a 15 minutos de caminhada do Circular Quay.

Erguido ao lado de um dos teatros mais tradicionais de Sydney, o hotel que se tornou habitué de artistas de cinema parece tirado de um filme de Baz Luhrmann, australiano que dirigiu Moulin Rouge: Amor em Vermelho e O Grande Gatzbi.

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Bar do hotel QT, em Sydney

Quem chega lá dá de cara com recepção a meia luz, elevadores com luzes florescentes e caixas de som que ecoam alto de Beatles a James Brown, quartos estilosos o ótimo restaurante Gowings Bar & Grill, que serve cortes de carne e peixes deliciosos – destaca para o ceviche com pimenta mexicana. Aos sábados, o bar anexo fica lotado de jovens vestidos, em geral, para ver e ser vistos.

Onde comprar em Sydney

Bem em frente ao QT há um grande shopping, o Westfield, shopping famoso em várias partes do mundo, inclusive na Austrália, com marcas como Miu Miu, Salvatore Ferragamo, Louis Vuitton e Michael Kors. Mas ainda mais interessante é dobrar a esquina e avançar pela George St., uma das ruas mais movimentadas de Sydney.

Ali há bons restaurantes, como o The Morrison Bar & Oyster Room , a galeria de arte privada White Rabbit, uma série de baladas e as vitrines do clássico Queen Victoria Building e do moderninho DFS Galleria, dois dos points fashions mais in do pedaço.

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Shoppng Westfield, um dos mais populares da cidade

Lojas como Burberry, Armani, Cartier, Tiffany & Co, Jimmy Choo, Bulgari, Armani e Chanel dão o ar da graça por lá. E não ligue: se for muito para o seu bolso, vale ao menos conferir as vitrines, que são de arrasar.

Bairros maneiros e cena gastronômica

Após desbravar a vibrante região central, é hora de conhecer os bairros mais cool de Sydney.

Surry Hills e Potts Point

Um bom lugar para começar é Surry Hills, palco do Paramount Coffee Project, um singelo café construído no átrio do antigo galpão da sede do estúdio de cinema Paramout em Sydney. Moderninho e frequentado por executivos, é um ótimo point para tomar café e experimentar o cronut, uma mistura de croissant com donut.

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O moderninho Paramount Coffee Project, em Sydney

Outra casa interessante na região é a doceria húngara Kürtosh, dona de pretzels divinos e também do doce que leva o nome da casa, uma espécie de bolo com massa fina e cobertura caramelizada com vários sabores – arrisque o de pistache.

Ainda na linha cult, dê uma escapada até Potts Point. Ali, a passos de distância da Red Light local (uma rua que, curiosamente, mistura clubes de strippers com restaurantes cinco estrelas), há mercadinhos à la Eataly, como o Fratelli Fresh, e endereços chiques como o The Farm Wholefoods, um dos melhores lugares da cidade para comprar temperos diferentes.

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The Farm Wholefoods, em Sydney

Woolloomooloo

Em Woolloomooloo (que significa canguru na linguagem aborígene), por sua vez, antigos galpões portuários se transformaram em butiques e restaurantes elegantes, bem ao lado do Domain Park, onde, no verão, são realizadas óperas ao ar livre.

Esta é a região de Sydney em maior evidência atualmente, graças aos prédios modernos onde moram celebridades como os atores Nicole Kidman e Russell Crowe. Não é raro vê-los por ali andando despretensiosamente de chinelão pela rua ou comendo uma torta de carne na simpática barraca do Harry’s Cafe de Wheels.

The Rocks e Darling Harbour

De volta à região central da cidade mais famosa da Austrália, é imprescindível passar pelo The Rocks, um dos bairros mais emblemáticos da cidade. Pubs, cafés, restaurantes e museus despontam a cada esquina da área.

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The Rocks, um dos bairros mais legais de Sydney

Enquanto isso, a região portuária conhecia como Darling Harbour esquenta à noite graças aos diversos pubs e restaurantes do pedaço, sem contar a filial local do Hard Rock Café.

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A noite é agitada no Darling Harbour

Um endereço ali não pode faltar na lista de quem gosta de boa comida é o Sepia, com menu-degustação de inspiração japonesa. É um dos restaurantes mais badalados de toda a Austrália, com pratos que giram em torno de R$ 200. Mas, pense bem: você atravessou o mundo. Por que não fazer uma loucura?

Eastern Suburbs – Woollahra

Para continuar de bem com a vida, tire um dia para passear nos Eastern Suburbs de Sydney, região à beira do Pacífico repleta de boas opções de lazer. É ali que fica, por exemplo, Paddington, reduto de jovens designers e artistas locais.

Vitrines hypadas, livrarias e escolas de arte tomam conta da Oxford St., que avança até o distrito de Woollahra. Uma vez no pedaço, não deixe de fazer um pitstop na Simon Johnson, uma delicatessen com queijos, doces, azeites e caviares deliciosos.

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Delicatesse Simon Johnson, em Sydney

O gostoso por ali é andar a pé, entrando nas pequenas galerias que se espalham pelo bairro. Boa parte delas tem cafés refinados cercados por lojas finas, como Armani Junior e Pond.

O açougue mais famoso do mundo

E é assim que você acaba dando de cara com maravilhas como o Victor Churchill, o açougue mais famoso do mundo. Elegante, com áreas envidraçadas e madeiras nobres, a casa tem uma espécie de hall da fama no fundo com assinaturas de chefs famosos que viajam do mundo todo para conhecê-la, a exemplo de Anthony Bourdain.

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Açougue Victor Churchill tem cortes nobres de carne por mais de R$ 1.000 o quilo

Não dá para sair de lá sem degustar ao menos uma porção de presunto de pata negra, mesmo que a próxima parada seja em Rose Bay, onde ficam alguns dos melhores restaurantes de Sydney.

É o caso do Catalina, cujo menu inclui peixes e cortes de carnes wagyu, que harmonizam perfeitamente com os excelentes vinhos recomendados pelos sommeliers. Mas prepare o bolso: uma refeição por lá não sai por menos de RS 150. E vale cada centavo.

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Ovo frito com crispy do Catalina

Bondi, a praia mais famosa de Sydney

Sydney também dá praia, e uma das mais famosas da região fica a apenas 20 minutos de carro do centro. Bondi (pronuncia-se Bondai) é uma espécie de Ipanema australiana, com todas as tribos e muita gente sarada – embora não necessariamente bronzeada – reunida. A diferença é que há uma quantidade impressionante de surfistas e, nos meses mais quentes, moças fazendo topless na areia.

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Pista de skate em Bondi

No enorme calçadão que envolve a praia, a galera hipster pratica exercícios, escuta música espalhada pelo gramado ou dá um pulo nas lojinhas pega-turistas que se amontoam por ali. Uma ideia mais interessante é deixar tudo isso para trás e caminhar pelo calçadão que se descortina pela costa e avança por seis quilômetros até Bronte.

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Trecho da trilha entre Bondi e Bronte

O visual é de babar. São tantas falésias, reentrâncias, penhascos debruçados sobre o mar e uma série de pequenas praias que ninguém vê a hora passar ou se cansa, mesmo porque a trilha é bem tranquila.

Um brinde a Sydney

Logo no início da caminha, há um clube com uma piscina à beira-mar, que rende lindas imagens. É justamente nessa área que fica o melhor restaurante da região, o Icebergs Dining Room and Bar.

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Vista da piscina pública de Bondi desde o Icebergs Dining Room and Bar

Da varanda da casa é possível vigiar, numa boa, todo o agito e a bela paisagem de Bondi enquanto se aprecia ostras com champanhe de entrada e pratos saborosos, como o peixe-espada.

Uma boa dica para acompanhar e se despedir com estilo de Sydney é o chardonnay Lake´s Folly, da região australiana de Hunter Valley. Aí é só fazer um brinde para se despedir de Sydney como ela merece: em alto estilo.

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Garçom prepara drinques no Dining Room and Bar

Serviço

Quem pretende ir a Austrália precisa de visto. Confira aqui as informações básicas e o link para providenciar o documento.

Reportagem adaptada de original publicada na revista Viaje Mais, parceira do Rota de Férias.

 




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