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Casos de pedofilia preocupam região
André Vieira
Deh Oliveira
27/03/2009 | 07:43
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Em apenas uma semana, a polícia de Santo André prendeu dois suspeitos de pedofilia. O último caso foi registrado anteontem. Uma das vítimas, uma adolescente de 15 anos, sofria abuso sexual havia oito anos do padrasto, o motorista M.S., 36. A polícia aponta que ele também é suspeito de molestar a prima de sua enteada, de 13 anos.

No dia 19, um motoboy havia sido preso sob a mesma acusação. As vítimas eram duas meninas de 6 e 9 anos de quem o suspeito é padrinho. A incidência desse tipo de crime tem crescido em todo o País.

A situação está crítica no Grande ABC, tanto que Diadema, Mauá e Santo André foram incluídas no programa instituído pelo MEC (Ministério da Educação) Escola que Protege, que capacita educadores para tratar do tema com os estudantes.

Os números que demonstram o crescimento dos casos de pedofilia causam alarde. Mas, ao mesmo tempo, segundo especialistas, indicam mudança de comportamento relacionado diretamente ao aumento do nível de informação, assim como o acesso aos canais de denúncia.

Uma das entidades que prestam assistência a crianças e adolescentes vítimas de violência doméstica nas três cidades abordadas no programa do MEC registrou 133 casos em fevereiro. Outra instituição, que atua em Santo André, registrou alta no número de casos de pedofilia no ano passado, que chegou a 67, ante uma média de 30 nos seis anos anteriores.

A dificuldade para as vítimas delatarem o abuso sofrido se dá - na maioria das vezes - pela proximidade do agressor, frequentemente alguém do convívio doméstico, conforme comprovam as estatísticas.

No caso mais recente, registrado esta semana na região, a vítima era assediada sexualmente desde os 7 anos, de acordo com os autos do inquérito policial. O abuso foi descoberto graças a um primo da mãe da vítima. Ele foi morar durante um período com a família da adolescente, e dormia na sala, na parte de baixo do beliche. Na parte superior, ficava a menina.

Ele passou a desconfiar de que havia algo errado ao acordar várias vezes durante a noite e perceber o padrasto rondando a cama da garota.

Uma noite, o primo fingiu estar dormindo e filmou a ação do padrasto. Alguns dias depois ele foi flagrado mantendo relações sexuais com a adolescente. O suspeito foi preso e autuado por atentado violento ao pudor e estupro, pela delegada Vera Lúcia Carvalho de Souza, da DDM (Delegacia de Defesa da Mulher) de Santo André.




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