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Solvay amplia fábrica de PVC em Santo André
Leone Farias
Do Diário do Grande ABC
06/06/2009 | 07:00
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O grupo Solvay acaba de concluir projeto de ampliação de sua fábrica em Santo André, na qual investiu nos últimos três anos US$ 150 milhões (pela cotação do dia, o correspondente a R$ 292,5 milhões).

Com isso, a empresa passou a operar com capacidade de produção de PVC (policloreto de vinila) aumentada em 22%, ao passar de 245 mil para 300 mil toneladas anuais, e também incrementou, em 70%, a fabricação de soda cáustica (de 100 mil para 170 mil toneladas ao ano).

Apesar da crise financeira global, que reduziu a demanda em diversos segmentos, a empresa projeta que há espaço no mercado brasileiro para a oferta adicional da resina plástica PVC, que tem aplicação sobretudo na construção civil.

Segundo o diretor comercial da companhia, Carlos Tieghi, a perspectiva é de que haja substituição da importação. Isso porque, no ano passado, o Brasil adquiriu do Exterior 900 mil toneladas de soda cáustica, em um mercado interno total que movimentou 1,14 milhão de toneladas. Também consumiu 1 milhão de toneladas de PVC, dos quais 15% foram trazidos de fora do País.

Tieghi acrescentou que se percebe uma retomada no setor da construção civil, com a ajuda, por exemplo, de iniciativas do governo federal - como a redução do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) - e investimentos públicos em infraestrutura e saneamento.

Dados da Anamaco (Associação Nacional dos Comerciantes de Material de Construção) confirmam essa reação do mercado. Em maio, os lojistas registraram alta de 4,5% nas vendas frente ao mesmo mês de 2008, o que se traduziu em empate nos resultados no quadrimestre na comparação com igual período do ano passado.

A expectativa do executivo é de que será possível chegar ao fim do ano com resultado semelhante ao de 2008. No primeiro trimestre, as vendas do setor registraram queda da ordem de 10%. "O PVC acompanha o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) - soma da riqueza produzida no País", afirmou.

TECNOLOGIA - Além de contemplar a expansão da produção, o investimento serviu também para a modernização do processo fabril, com o uso de novo sistema ambientalmente mais amigável.

Houve a substituição do processo fabril da soda cáustica que utilizava tecnologia eletrolítica de mercúrio por outra que dispensa o uso desse metal - e que reduz em 30% o consumo de energia elétrica.

Outro destaque foi a aquisição de um reator de PVC com 160 m³, o maior da América Latina.




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