Segundo a emissora de TV ABC, o empresário Imas Hage, que teria conhecimentos no Pentágono, foi procurado em fevereiro por agentes do serviço iraquiano de inteligência, em seu escritório de Beirute. Uma semana depois,o próprio empresário afirmou que foi convidado por estes agentes para uma reunião com o chefe dos serviços de inteligência do Iraque, Tahir Abu Habbush.

"Com base em minha reunião com este homem, acredito que se tentou fazer um esforço para evitar a guerra", explicou Hage.

O empresário destacou que o oficial iraquiano propôs eleições supervisionadas pelas Nações Unidas, vantagens para os americanos em relação ao envio de petróleo e a entrega às autoridades de Washington de Abdul Rahman Yasin, um dirigente da Al Qaeda procurado pelo FBI por sua suposta participação no atentado contra o World Trade Center, em Nova York, em 1993.

A edição on-line da revista Newsweek disse que Imad Hage também se reuniu com responsáveis do Pentágono, aos quais teria informado sobre seus encontros em Bagdá. Esses contatos secretos, segundo a publicação, não tiveram sucesso porque o empresário libanês foi detido pelas autoridades aduaneiras americanas, no dia seguinte de sua visita ao Pentágono, no Aeroporto Internacional Washington-Dulles.

A revista relata que Hage foi capturado com uma pistola calibre 45 e outras quatro armas. Como tinha passaporte diplomático expedido na Libéria, foi devolvido para o Líbano.