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Segurança viária é prioridade do País
Do Diário do Grande ABC
09/01/2018 | 11:03
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Artigo

‘O tempo não cura, apenas ajuda no treino de como conviver com dor que não tem nome.’ Gladys Ajzenberg definiu assim a sensação de perder o filho para mal que mata 40 mil pessoas por ano no Brasil: desastres no trânsito. Eles estão entre as principais causas de morte no País. Gladys é mãe de Vitor Gurman, jovem atropelado em São Paulo, em 2011. A tragédia voltou à mídia por causa da decisão do Tribunal de Justiça de não levar o caso a júri. A acusação mudou de homicídio doloso, no qual se assume o risco de matar, para homicídio culposo de trânsito, sem intenção de matar. A motorista é acusada de dirigir alcoolizada, em alta velocidade e atingir Vitor na calçada. Para além do desfecho jurídico desse caso, seu aspecto central e inapelável continua merecendo a atenção das autoridades e, principalmente, da sociedade: as atitudes de risco no trânsito levam a tragédias.

Ainda não amadureceu em parcela significativa da população a noção de que casos como o de Vitor não são meros acidentes, mas resultado direto da conduta imprudente dos motoristas. Segundo o Infosiga-SP, banco de dados do governo de São Paulo, 94% das ocorrências com mortes são causadas por falha humana, como beber e dirigir. Duas ferramentas estão em uso para contribuir com a mudança desse cenário no Estado: o Infosiga-SP, que traça o perfil de cada ocorrência; e o Infomapa, sistema de georreferenciamento de casos com óbitos. Além disso, o Detran-SP repassou R$ 110 milhões para projetos de segurança viária desde 2016.

Mas um dos principais focos do órgão hoje é a educação. Projetos e campanhas são mantidos para reforçar as mensagens sobre comportamentos de risco. Resultados dos esforços começaram a aparecer nas estatísticas paulistas. De 2015 a 2017, as mortes no trânsito caíram 7,5%. Outras unidades da federação também implementaram ações interessantes, diga-se, mas, nacionalmente, os avanços são tímidos. A recente aprovação pela Câmara dos Deputados de plano nacional é o primeiro passo. Batizado como Plano Nacional de Redução de Mortes e Lesões de Trânsito, o projeto prevê reduzir à metade o número de óbitos em dez anos.

Nações que diminuíram seus índices mantêm planos nacionais, com metas e estratégias de acompanhamento. A Austrália, por exemplo, reduziu as mortes no trânsito com medidas direcionadas a grupos de risco mapeados por pesquisas. O plano aprovado pelo Congresso é bom caminho. São Paulo já introduziu ações que se mostraram bem-sucedidas e está disposto a compartilhá-las e a aprender com outras experiências para acelerar o processo de transformação dessa gravíssima realidade.
 
Maxwell Borges de Moura Vieira é diretor-presidente do Detran-SP.

Palavra do leitor

SACs
Muito importante o Artigo destacando a importância dos SACs (Opinião, dia 6). Pena ter se limitado a indicar a inovação de recursos de telefonia e redução de custos. O SAC (Serviço de Atendimento ao Cliente) deveria ser instrumento de retorno para aperfeiçoamento de processos, produtos e serviços, eliminando a repetição de ocorrências. A maioria das empresas – principalmente as de telefonia – somente finge ter SAC. A cada ligação pedindo posicionamento, novo atendente, tudo se reinicia, e as ações não têm continuidade, não há gerenciamento nem classificação da demanda por complexidade para direcionamento correto por nível de atendente. É comum também se encerrar a ocorrência unilateralmente – sem a anuência do reclamante, que nem foi atendido –, privilegiando o formalismo com série de protocolos. Como todos, tive muitos problemas com SACs inúteis, mais recentemente com Renault, Carrefour e Bradesco. A única solução seria publicação mensal dos piores SACs, e este seria, então, guia para evitar a compra nas empresas mal avaliadas.
Evaristo de Carvalho Neto
Santo André

Desilusão
Frei Beto disse que ‘no passado o futuro era melhor’. Mais justo seria se incluísse também que a desilusão com o futuro do Brasil, hoje, se deve muito mais aos seus amigos petistas Lula e Dilma, que quebraram o País. E, infelizmente, promoveram o aumento da pobreza.
Paulo Panossian
São Carlos (SP)

Está fora!
Os formadores de opinião continuam com a ladainha de que só esse ou aquele candidato a presidente da República pode vencer Lula. Ora, ele é peixe fora d’água, ou carta fora do baralho, como se usa dizer. Falem sério, senhores !
Maria Elisa Amaral
Capital

Resposta
Em carta neste Diário (Linha 18, dia 7) o missivista espalha desinformação sobre as ações do governo paulista no Grande ABC. Esclarecemos: 1 – que o missivista está equivocado e não existe pedido de recurso pendente ao Estado referente à UPA de Ribeirão Pires; o investimento nesse tipo de serviço de Saúde compete ao governo federal; 2 – que a Secretaria da Saúde se dispõe a auxiliar o Grande ABC na descentralização da entrega de medicamentos de alto custo e aguarda apresentação das propostas por parte dos municípios; 3 – que ocorrências de agressão contra mulheres podem ser registradas em qualquer unidade policial; 4 – que o pedido de aporte financeiro de R$ 79 milhões para revitalização da Avenida dos Estados está sob análise na Casa Civil; 5 – que não é a Sabesp que atende a maior parte da Bacia do Tamanduateí, pois Mauá e Santo André têm empresas municipais de saneamento; 6 – que a Sabesp investe na coleta, afastamento e tratamento de esgoto na Bacia da Billings; 7 – que a alça de acesso à Estrada dos Fernandes não era prevista no edital de concessão do Rodoanel; 8 – que a CPTM receberá neste ano 35 novos trens que permitirão a padronização da frota em todas as linhas.
Governo de São Paulo

Retificação
A Artesp retifica que as obras de implantação de vias marginais na Rodovia Anchieta, entre o km 18 e o km 23, serão concluídas em maio deste ano. Em carta publicada na edição de sábado (Anchieta, dia 6), a data saiu equivocada por um erro de digitação.
Artesp

Nota da Redação – O erro de digitação foi da própria Artesp.

Nada muda
Com relação ao resultado da eleição de 2018, a única certeza que se tem é que, aconteça o que acontecer, as moscas varejeiras que orbitarão em Brasília e adjacências serão as mesmas. Pura e simples!
Luís Fernando Amaral
Laguna (SC)

Concordo
O leitor Mauri Fontes expressou-se muito bem em sua carta sobre poderosa TV, à qual concordo plenamente (Contribuição?, ontem). Infelizmente, percebe-se claramente ou dá-se a impressão de que a líder de audiência fomenta abertamente a terceira via sexual, que, pelo andar da carruagem, em breve deixará de ser minoria. Não é de agora que TVs e suas novelas influem no cotidiano de pessoas. Novela de sucesso logo vira nome de lanchonete, panificadora etc. E, diante disso, pergunto: quantos jovens, hoje assumidamente gays, não se inspiraram em personagens das novelas da TV líder?
Luiz Roberto Batista
São Bernardo 




Comentários

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