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Fiescot terá bazar após fechamento sem explicação

Funcionários e clientes estão sem resposta da rede andreense há mais de dois meses

Flavia Kurotori
Especial para o Diário
06/12/2017 | 07:20
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Nario Barbosa/DGABC


Após mais de dois meses do fechamento de todas as lojas da rede andreense Fiescot, sendo três na região, clientes e funcionários seguem sem respostas, salários ou mercadorias. A empresa de roupas masculinas, porém, terá bazar a partir de hoje em Santo André.

Segundo Rafael Amâncio, responsável pela loja, ele alugou a marca com outro investidor e adquiriram as peças remanescentes. A ideia é vender os itens com descontos agressivos para encerrar com, pelo menos, a maioria do estoque. “Vamos fazer o bazar para ver a reação do público diante da marca. Dependendo do resultado, iremos negociar para manter a loja ou fazer vendas on-line”, conta.

Amâncio destaca que ele e o sócio estão cientes da situação da rede e que, caso o negócio dê certo, planejam regularizá-la. “Nós acreditamos na força do nome”, completa. “Acompanhamos a história e vimos a oportunidade de investir.”

Segundo o advogado especialista em Direito do Consumidor da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) de Santo André, Jairo Guimarães, embora a situação seja complexa, ao alugar a marca, os novos responsáveis devem assumir o passivo da empresa por caracterizar sucessão. “Essa ação (de alugar a marca) em um período tão curto de tempo caracteriza tentativa de burlar os direitos do consumidor e do trabalhador”, afirma.

É válido lembrar que o cliente prejudicado com o encerramento das atividades da rede deve procurar a Justiça e ingressar com representação criminal contra o administrador do estabelecimento, além de processo cível para reaver o valor.

A equipe do Diário tentou contato com o Sindicato dos Comerciários do ABC e com os donos da Fiescot, entretanto, não obteve resposta até o fechamento desta edição. 




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