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Região ainda sofre com a falta de doadores de sangue

No Dia Nacional do Doador Voluntário, apelo se faz gritante; estoque regional é suficiente para 10 dias

Vanessa de Oliveira
25/11/2017 | 07:00
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André Henriques/DGABC


Uma única doação de sangue pode beneficiar até quatro pessoas. O apelo se torna ainda mais intenso hoje, quando é celebrado o Dia Nacional do Doador Voluntário de Sangue e a quantidade de doações no Grande ABC é preocupante.

Segundo a Colsan (Associação Beneficente de Coleta de Sangue), nos quatro postos de coleta da região – em São Bernardo (Hemocentro Regional), em Santo André (Hospital Estadual Mário Covas e Centro Hospitalar Municipal) e em São Caetano (Núcleo Regional de Hemoterapia) – a quantidade atual de bolsas de sangue é suficiente para dez dias, sendo que o ideal seria para 20, para manter nove hospitais públicos no território regional.

A capacidade mensal para doações no Centro Hospitalar Municipal é de 1.250 doadores, porém, no mês de outubro, 957 doações foram realizadas. No Hospital Estadual Mário Covas, o mês poderia ter fechado com 2.175 coletas, mas encerrou com 1.797. 

No hemocentro são-bernardense, das 1.875 doações esperadas, 1.418 pessoas se dispuseram a ir até o local fazer a doação. 

Em São Caetano, situação ainda mais preocupante: com capacidade mensal para atender 1.000 doadores, apenas 390 fizeram o ato de doar sangue. Entre os quais está o coordenador de equipe de pintura de montadora automobilística Elionai Mantuani, 46 anos, registrado na Colsan como o voluntário com maior número de doação de sangue no Grande ABC. Cadastrado desde 2009, ele já contribuiu com 61 doações. “O que me motiva é o amor ao próximo”, fala ele, que faz seis doações por ano.

Mantuani é doador de plaquetas, hemocomponente cujos pacientes em tratamento com quimioterapia ou com doenças hematológicas têm maior necessidade. “Há pessoas que ainda acreditam em contaminação e transmissão de doenças. Com uma melhor informação e amostra de pacientes que necessitam, acho que melhoraria o número de doadores.”

DOAÇÃO POR GAYS

Desde o fim do mês passado, o julgamento sobre a restrição de doação de sangue por homens gays que mantiveram relações sexuais nos últimos 12 meses está suspenso no STF (Supremo Tribunal Federal), por tempo indeterminado, após pedido de vistas feito pelo ministro Gilmar Mendes.

Hoje, homem heterossexual que tenha feito sexo sem camisinha pode doar sangue, enquanto um homossexual que use preservativo fica vetado por um ano após a última relação sexual. 




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