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Avanço na arte da região

Pinacoteca de São Bernardo passa por reestruturação da reserva técnica e ganha exposição

Vinícius Castelli
23/11/2017 | 07:00
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Divulgação


 Após passar quase o ano todo por reestruturação, a Pinacoteca de São Bernardo (Rua Kara, 105) tem motivo para comemorar. O espaço, que guarda preciosidades de nomes como Luiz Sacilotto, João Suzuki e Ubirajara Ribeiro, entre tantos outros, sofreu modificações após receber programa financiado por edital de preservação de acervos museológicos do ProAc (Programa de Ação Cultural) do Governo do Estado de São Paulo, contou com a participação ativa de alunos da UFABC (Universidade Federal do ABC) e de funcionários do local.

Para comemorar, o local, que foi inaugurado em 1975, abre hoje, com entrada gratuita e classificação livre, a mostra Narrativas da Pina. No total, o público poderá apreciar 22 obras do acervo, que hoje passa das 1.370 peças. Entre os escolhidos estão trabalhos do italiano radicado em São Bernardo Pierino Massenzi (1925-2009) e do andreense Luiz Sacilotto (1924-2003). A exposição segue até 30 de dezembro.

O trabalho todo foi coordenado por Caroline Silvério, do corpo técnico administrativo da Divisão de Cultura da Pró-Reitoria de Extensão e Cultura da UFABC, e por Thomaz Pacheco, agente cultural da região e curador da Oma Galeria, que participou da coordenação das mudanças como voluntário.

Ele divide os principais avanços do projeto em dois grupos. “O primeiro é de ordem de salva guarda das obras. A gente tinha estrutura provisória, bem ruim. As peças estavam quase que amontoadas dentro de uma sala”. Agora há estantes próprias com madeira tratada, com ventilação, as obras não sofrem impacto. Com a mudança o espaço aumentou em 20% sua capacidade. Isso sem contar que a Pinacoteca ganhou laboratório de conservação, segregação do que é quarentena, do que acabou de entrar e do que está aqui lá há bastante tempo. “Ele permite essa higienização, tanto na saída quanto na entrada das peças”, explica.

O segundo ponto, segundo o coordenador, é de ordem de posicionamento da Pinacoteca. Ele conta que o local recebe, após a reestruturação, plano museológico, política de acervo e de segurança. Tudo baseado em documento de ordem mundial para os museus. Isso, segundo Pacheco, posiciona a Pinacoteca entre os principais museus em termos de organização. “Esse ‘se’ tem de ser bem grande, a administração adotar de fato esses documentos que entregaremos a eles e os praticar. Assim terá o museu posicionado entre as principais instituições do País, como um Masp e a Pinacoteca de São Paulo”, diz.

A estudante Leticia Loureiro, 20 anos, participou do processo e escolheu para a mostra a obra sem título do alemão Walter Iewy. “Minha experiência foi muito boa. É interessante, pois sempre gostei de museus e quis entender como funcionam”. Dário Santos, 25, que pincelou Rota 91, de Daniel Firmino, para a exposição. achou importante a experiência. “Participamos da criação de políticas e escolhemos as obras para a mostra. A experiência agrega muito e vai além do que a academia pode me oferecer.”




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