O documento já apontava a grande valorização das cotas do fundo ETB, mesmo antes do início da operação da nova bolsa, e que o aporte dos acionistas da ATG, de R$ 2 milhões, foi transformado em cerca de R$ 535 milhões, mesmo sem a colocação de novos recursos. O Postalis, porém, apesar de novos investimentos, ficou com a mesma fatia da companhia.
Dados da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) mostram que o FIP ETB foi constituído em julho de 2010, quando tinha apenas um cotista, com um patrimônio líquido de R$ 2 milhões. No ano seguinte o patrimônio era de R$ 722 milhões (julho a setembro), de R$ 742 milhões em 2012, R$ 833 milhões em 2013, R$ 1,005 bilhão em 2014, R$ 1,086 bilhão em 2015, R$ 1,1 bilhão em 2016 e R$ 1,2 bilhão no terceiro trimestre deste ano.
De acordo com o relatório da Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc), o investimento do Postalis na ATS já deveria estar provisionado e que, "sem o devido colchão para esse investimento com perda provável, a fundação está mascarando déficit existente do plano, acobertando-o com recursos garantidores que não darão nenhum rendimento, além da provável perda do recurso investido".
Por fim, o regulador aponta a necessidade da nomeação de um interventor para fazer tais correções e que "apresente a contabilidade com fidedignidade". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.