Mais um produto da ofensiva de lançamentos da Volkswagen acaba de ser apresentado pela marca: o Virtus. Integrante da plataforma modular MQB, o sedã compacto que concorrerá com Honda City e Chevrolet Cobalt a partir de janeiro foi totalmente pensado e desenvolvido no Brasil para agradar a clientela latino-americana. O modelo é fabricado na planta de São Bernardo.

Em relação ao design, o Virtus (que foi concebido com base em pesquisas com clientes) tem forte inspiração no irmão Polo – lançado há 60 dias – porém, tem estilo inédito, especialmente na coluna C (após as portas traseiras). Com lanternas duplas com ângulo reverso e vincos que lembram bastante os primos Audi, o modelo abriga um dos maiores porta-malas da categoria, com 521 litros de capacidade de carga.

Na parte da frente, semelhança total com o Polo, com o vinco que margeia a entrada de ar e corta o espaço entre o conjunto ótico principal e os faróis de neblina. Já nas laterais, chama a atenção a linha dupla em forma de flecha. No total, são 4,48 metros de comprimento. Ele é 42,5 centímetros mais comprido do que o novo Polo, também desenvolvido em MQB – que permite produzir uma mesma base para diferentes carrocerias e facilita, assim, as vendas ao Exterior.

Sua distância entre-eixos é de 2,65 metros (exatamente a mesma do Jetta atual, com o qual tem certa semelhança na traseira), isto é: 8,5 centímetros a mais do que a do Polo. A altura do Virtus é de 1,47 metro (quatro milímetros a mais do que a do novo Polo) e a largura é a mesma: 1,75 metro. Por dentro, bom espaço para cinco ocupantes – porém, certo aperto nos ombros dos ocupantes traseiros, como o Diário pôde constatar durante a avant-première do modelo.

Ainda do lado de dentro, chamam atenção o bom acabamento e quadro de instrumentos totalmente digital (Active Info Display). Há ainda o sistema Discover Media com tela touch screen de 8” com possibilidade de espelhamento de smartphone (Mirrorlink, Apple CarPlay e Android Auto) e três entradas USB.

No Brasil, o Virtus será equipado com os motores 1.6 MSI e 200 TSI (1.0 turbo). Nele, a potência máxima é de 128 cv com etanol e 115 cv com gasolina a 5.500 rpm, com torque máximo de 20,4 mkgf, com gasolina ou etanol, de 2.000 rpm a 3.500 giros. Equipado com esse motor, o Virtus acelera de zero a 100 km/h em 9,9 segundos e atinge velocidade máxima de 194 km/h (dados com etanol). A transmissão é automática de seis velocidades.

Em relação aos preços, é estimado que o modelo chegue ao mercado custando entre R$ 60 mil e R$ 75 mil. Para efeito de comparação, o City varia de R$ 60,9 mil e R$ 81,4 mil e, o Cobalt, de R$ 64.390 a R$ 71.490.

INTERATIVIDADE - O Volkswagen Virtus será o primeiro automóvel do Brasil a trazer recursos inéditos de conectividade e digitalização. O sedã vai oferecer o Manual Cognitivo – que usa IBM Watson para responder aos motoristas questões sobre o veículo, incluindo informações contidas no manual do carro. Essa solução permite uma nova forma de interagir com o veículo.

Por exemplo, eventuais questões sobre o carro poderão ser respondidas por esse assistente inteligente, de forma simples, em português ou espanhol. A exemplo dos sites de buscadores na internet, o aplicativo terá campos para digitação e o microfone para que o usuário faça sua pergunta oralmente. O sistema, aliás, reconhece sotaques.