Política Titulo Estagnada
CPI da Saúde em Ribeirão Pires prossegue sem avanço

Falta de auditoria para acompanhar contratos faz com que a comissão continue estagnada

Felipe Siqueira
Especial para o Diário
16/11/2017 | 07:00
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Quase dois meses depois de a Câmara de Ribeirão Pires ter anunciado seus integrantes, a CPI da Saúde, que vai investigar contratos e ações da Pasta de 2009 até 2017, segue sem avanços e pode ter atuação mais firme somente no ano que vem. Segundo o presidente do grupo, José Nelson da Paixão (PPS), a ausência de uma auditoria externa inviabiliza o andamento dos trabalhos, que focam as gestões de Clóvis Volpi (Patriotas), Saulo Benevides (PMDB) e Adler Kiko Teixeira (PSB).

“A gente não quer abrir (a CPI) sem a empresa para não perdermos tempo”, justificou Paixão. O presidente do Legislativo, Rubão Fernandes (PSD), foi na mesma linha do colega, dizendo que a comissão não será instalada sem esse auxílio “para não haver falhas durante o processo”.

A CPI tem como componentes Amaury Dias (PV), na função de relator, e Rogério do Açougue (PSB). Segundo os integrantes, os trabalhos estão sendo feitos minimamente, mesmo sem a abertura decretada pela Casa. Eles explicam que estão recolhendo documentos do setor, verificando o que foi feito na Pasta em cada gestão e avaliando os atendimentos dos equipamentos públicos de Saúde da cidade.

A expectativa do departamento jurídico da Câmara é colocar o edital do chamamento público para a contratação da empresa que vai realizar auditoria até o fim de novembro. A data, entretanto, é muito próxima do fim do exercício legislativo. Ou seja, há forte possibilidade de a CPI da Saúde só ser instaurada definitivamente em 2018. “Acho muito difícil (encontrar empresa de auditoria até o fim do ano). Espero que façamos neste ano. Mesmo parando o trabalho, pretendemos manter as investigações”, sustentou Paixão.

A CPI da Saúde foi colocada em pauta em 2015, mas está travada desde então, uma vez que o ex-presidente José Nelson de Barros (PMDB) recorreu à Justiça para impedir a abertura. À época, quem comandava o Paço era Saulo, seu correligionário. 




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