Política Titulo Editorial
Educação na UTI
Do Diário do Grande ABC
13/11/2017 | 11:41
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O artigo 205 da Constituição Federal de 1988 diz: “A Educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho”. Passados quase 30 anos da sua promulgação é de alarmar a revelação de que quase metade dos alunos do 3º ano do Ensino Fundamental da rede pública do Grande ABC tem dificuldade de aprendizado, segundo dados divulgados no mês passado pelo MEC (Ministério da Educação) e publicados nesta edição do Diário.

A constatação é resultado da ANA (Avaliação Nacional de Alfabetização), na qual os matriculados apresentaram níveis de leitura e aprendizado considerados insuficientes. Ou seja. Ficou evidente que os estudantes encontram dificuldades em interpretar textos simples ou até mesmo em fazer contas de somar.

Foram avaliados 16,2 mil alunos em 163 escolas da região. E, exceção a Rio Grande da Serra, os demais municípios avaliados apresentaram estagnação na alfabetização de alunos, com situação mais preocupante em Mauá, onde crianças entre 8 e 9 anos não superaram o nível 2 em escala que vai até 4 e mede a proficiência em leitura (58,66%) e Matemática (57,15%), respectivamente. Isso significa dizer que esses alunos só são capazes de ler textos pequenos e, em determinados casos, não conseguem entender nem mesmo sobre o que se tratam. No caso da Matemática, os mesmos não têm capacidade de resolver problemas de subtração com números maiores que 20. Os dados são assustadores.

Falta de infraestrutura nas escolas, ausência de formação para professores alfabetizadores e a inexistência de políticas públicas com continuidade efetiva no sistema de Educação são alguns das justificativas apontadas por especialistas para o pífio resultado.

Diante do quadro, é essencial que a população cobre dos governantes melhores condições de Educação para que o discurso de ‘o País do futuro’ não se torne eterna promessa.
 




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