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Pai de secretária de Regina já foi comissionado

Além de genro e cunhado de Genilda, patriarca e até a irmã também foram apadrinhados

Júnior Carvalho
do Diário do Grande ABC
04/11/2017 | 07:00
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Divulgação


Pai e irmã de Genilda Severo da Silva Santos também já foram, no passado, comissionados da Prefeitura. Genilda trabalha como secretária da titular de Habitação, Regina Gonçalves (PV), do governo Lauro Michels (PV), e, como o Diário revelou nas últimas semanas, alocou genro e cunhado na administração.

Pastor da igreja evangélica Assembleia de Deus do Taboão, em São Bernardo, Genício Severo da Silva Santos, pai de Genilda, foi chefe de serviço na Secretaria de Meio Ambiente entre 2010 e 2011. Antes disso, em 2009, Gislaine Severo da Silva, irmã da secretária de Regina, também chegou a ser nomeada em cargo de livre provimento justamente no setor ambiental do Paço.

Naquela época, a Secretaria de Meio Ambiente era comandada pelo PV na gestão Mário Reali (PT, 2009-2012). Nesse período, o setor foi chefiado por Rogério Mello e Ricardo Sousa, ambos indicados pelo partido cuja principal dirigente era Regina Gonçalves. Então vereadora, a verde também acumulava o posto de presidente estadual do PV. A Pasta foi criada em 2005 justamente para abrigar os verdes na Prefeitura – o primeiro a comandar a secretaria foi Marco Antônio Mroz, cunhado de Regina Gonçalves.

Como comissionado do Paço, Genício tinha salário de R$ 3.447 por mês. Ele permaneceu no cargo por praticamente um ano. Também ex-comissionada Gislaine Severo é casada com Felipe de Felipo Dutra Severo Pereira, que segue nomeado em cargo comissionado no Paço ao mesmo tempo em que a cunhada Genilda também exerce função apadrinhada no governo Lauro.

O Diário mostrou no dia 31 que desde o dia 1º de janeiro Felipo é chefe de serviço na Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Trabalho, comandada por Laércio Soares (PCdoB), com salário de R$ 4.422,41. Já Genilda foi nomeada três meses depois.

No dia 25, o Diário já havia revelado que o genro de Genilda, Daynilson Lopes Vieira, ficou praticamente um mês nomeado mesmo comunicando o Paço de seu vínculo familiar – a contratação teria sido autorizada pelo secretário Sérgio Lucchini (Gestão de Pessoas) com a chancela do chefe de Gabinete, o vice-prefeito Márcio da Farmácia (PV), o que ele nega. Após a denúncia, Vieira foi exonerado.

Nas redes sociais, Felipo enaltece Regina: “Sempre deputada”, enquanto o templo exibe fotos da secretária e de Lauro. Regina nega influência nas contratações. 




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