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Lauro nomeou até cunhado de secretária de Regina

Felipe Severo é parente de Genilda Severo e está como servidor comissionado em Diadema

Júnior Carvalho
do Diário do Grande ABC
31/10/2017 | 07:00
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Depois de o governo do prefeito de Diadema, Lauro Michels (PV), avalizar nepotismo entre sogra e genro apadrinhados da secretária Regina Gonçalves (PV, Habitação) no Paço, o Diário levantou a existência de outro comissionado na Prefeitura da mesma família, que é ligada à verde. Em janeiro, Lauro assinou a nomeação de Felipe de Felipo Dutra Severo Pereira, contratado sem concurso público para o cargo de chefe de serviço na Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Trabalho, comandada por Laércio Soares (PCdoB), pelo salário de R$ 4.422,41.

Felipo é cunhado de Genilda Severo da Silva Santos, que segue nomeada no setor de projetos e obras na Habitação, mas que atua como secretária de Regina. Na quarta-feira, o Diário revelou que a gestão verde permitiu que o genro de Genilda, Daynilson Lopes Vieira, fosse nomeado em cargo de comissão mesmo sabendo do vínculo familiar entre os dois – ele próprio comunicou a Prefeitura oficialmente sobre a ligação. Na sexta-feira, o governo Lauro publicou a exoneração de Daynilson, dois dias depois de a denúncia vir à tona.

A nomeação de Felipo é de 1º de janeiro. Portanto, entrou na Prefeitura três meses antes da cunhada Genilda, que foi contratada oficialmente em 7 de abril. Quando indicados políticos entregam seus documentos na Prefeitura para ocupar cargos em comissão precisam preencher declaração atestando não ter outros parentes já trabalhando como comissionados no governo. O formulário existe para, em tese, impedir a prática de nepotismo no poder público.

Foi justamente nesse documento que Daynilson indicou ser genro de Genilda, mas ainda assim sua contratação foi abonada pelo secretário Sérgio Lucchini (Gestão de Pessoas). Chefe de Gabinete, o vice-prefeito Márcio da Farmácia (PV) teria chancelado a admissão. O verde nega e diz ter orientado pela demissão de Daynilson, embora o Paço tenha demorado, ao todo, 23 dias corridos para oficializar a exoneração. Tempo suficiente para que o apadrinhado de Regina recebesse o primeiro salário: R$ 6.529,11, embora a remuneração para o posto para o qual foi contratado (chefe de serviço) seja de R$ 4.422,41. Lotado na Educação, Daynilson prestava serviços para a Secretaria de Obras.

Regina não retornou aos contatos do Diário.  




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