‘É melhor ser infeliz, mas estar inteirado disso, do que ser feliz e viver como um idiota.’ Esta é apenas uma das centenas de frases do escritor, filósofo, jornalista e grande pensador russo Fiódor Dostoiévski (1821-1881). Ele e todas as suas ousadas e pertinentes reflexões sempre foram temas de produções artísticas no mundo todo.

Acaba de estrear mais uma na Capital. Dostoiévski-Trip está em cartaz até 18 de dezembro no Centro Cultural Banco do Brasil (Rua Álvares Penteado, 112), em São Paulo. Sob direção de Cibele Forjaz, a montagem é união das companhias Livre e Mundana, que levaram para o palco texto de Vladímir Sorókin, expoente da nova dramaturgia da Rússia.As sessões acontecem às sexta, aos sábados e às segundas, às 20h, e aos domingos, às 19h. Os ingressos custam R$ 20.

A peça é uma viagem pelo romance O Idiota, escrito por Dostoiévski em 1869. Na trama, grupo de viciados aguarda a chegada de um traficante que lhes prometeu trazer uma novidade. Enquanto isso, conversam, discutem e brigam sobre grandes nomes da literatura mundial – Kafka, Pushkin, Cervantes, entre outros – e seus supostos efeitos. Este, contudo, não é encontro amistoso entre amantes das letras, e sim de um bando de pessoas que mal se conhecem, unidas apenas pela condição de serem viciadas em literatura.